Brasil, 20 de outubro de 2025
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Vitória judicial de idosa contra vizinho que fumava maconha

Josefa Ippolito-Shepherd, de 76 anos, ganha caso histórico contra o vizinho fumante em Washington, definindo um novo precedente.

A idosa Josefa Ippolito-Shepherd, de 76 anos, conquistou uma vitória importante em tribunal contra seu vizinho, que agora deve parar de fumar maconha em sua própria casa. A decisão, em um caso que gerou bastante atenção, reflete a luta da mulher contra o incômodo causado pelo odor forte da erva que invadia seu lar em Washington, D.C.

O impacto do cheiro na qualidade de vida

Josefa, moradora de um duplex ao lado do vizinho Thomas Cackett, de 73 anos, relatou que o cheiro característico da maconha era tão intenso que a fazia sentir aversão ao voltar para casa. “O cheiro de fezes ou ‘skunk’ era insuportável”, declarou Ippolito-Shepherd. Em uma ocasião, até mesmo vomitou quando Cackett acendeu um baseado próximo à sua residência. Para ela, o que estava em jogo não era a questão financeira, mas sim a preservação de um ambiente saudável e livre de fumos em sua casa.

Josefa Ippolito-Shepherd argumentou em tribunal que a fumaça de maconha prejudicava sua qualidade de vida. The Washington Post via Getty Images

A batalha legal

Após passar cinco anos se representando sozinha, Ippolito-Shepherd finalmente obteve uma decisão favorável no Tribunal de Apelações de D.C. Em um julgamento anterior, um juiz já havia dado ganho de causa a ela em 2023, mas Cackett apelou da decisão. O tribunal superior, no entanto, também se posicionou ao lado da idosa, afirmando que o direito dela de “usar e desfrutar de sua propriedade” se sobrepunha ao direito de Cackett ao “uso e desfrute de sua maconha”.

A defesa do vizinho

Cackett tentou argumentar que fumava uma vez por dia, por apenas cinco minutos, para aliviar problemas de saúde como câncer de pele, hepatite crônica, artrite e ciática. “Não sou Snoop Dogg”, assegurou ao tribunal. Porém, os juízes consideraram “dúbio” que ele se limitasse a esse curto período de tempo para fumar.

Ippolito-Shepherd, de 76 anos, relatou que o cheiro de maconha frequentemente impregnava seus móveis. The Washington Post via Getty Images

Um novo precedente na legalização da maconha

Como resultado da decisão, Cackett agora está proibido de fumar maconha a menos de 25 pés da casa de Ippolito-Shepherd, o que inclui o próprio quintal dele. Qualquer violação dessa ordem pode resultar em penalidades civis ou criminais. Embora a maconha seja legal em Washington desde 2015, este caso estabelece um novo precedente que pode influenciar situações semelhantes em todo os Estados Unidos, especialmente para vizinhos incomodados com o uso da substância.

Ippolito-Shepherd utilizou um site de financiamento coletivo, GoFundMe, para ajudar a cobrir suas despesas legais durante o processo judicial. Sua história destaca não apenas a luta de um indivíduo contra o comportamento considerado inadequado, mas também a busca por um espaço pessoal livre de incômodos e a proteção de direitos em tempos de mudanças nas leis sobre a maconha.

O desfecho do caso de Josefa Ippolito-Shepherd não é apenas uma vitória pessoal, mas também pode ser um sinal de que as regras sobre o uso da maconha em áreas residenciais estão mudando, à medida que mais pessoas buscam preservar o conforto de seus lares.

Esta decisão reverbera na sociedade moderna, onde o uso recreativo da maconha é cada vez mais comum, ao mesmo tempo que levanta questões sobre o direito à tranquilidade e à saúde do lar. O que podemos esperar no futuro à medida que mais casos como este surgem nas cortes?

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