Brasil, 20 de outubro de 2025
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29 mentiras e propaganda que aprendemos sobre a história dos EUA

Reveja as principais mentiras e versões distorcidas da história americana que moldaram a percepção nacional ao longo dos anos

Nos Estados Unidos, uma nação que se autodenomina “livre”, a quantidade de propaganda e versões distorcidas da história que nos são ensinadas é surpreendente. Apesar do acesso amplo à informação, muitos americanos permanecem mal informados ou equivocados sobre o passado do país, muitas vezes influenciados por narrativas oficiais e interesses políticos. Recentemente, discussões nas redes sociais mostraram como certos mitos persistiram e como eles moldam nossa compreensão da história americana.

Desvendando as verdades por trás da propaganda histórica dos EUA

Guerra do Golfo: uma narrativa emocional e falsa

A Guerra do Golfo, frequentemente lembrada como uma operação rápida e justa para libertar Kuwait da invasão iraquiana em 1990, foi palco de uma mentira poderosa que mobilizou apoio popular e político. Em outubro de 1990, uma jovem kuwaitiana chamada Nayirah testificou perante o Congresso, afirmando que soldados iraquianos haviam tirado bebês de incubadoras, deixando-os morrer. Essa testemunha, na verdade, era filha do embaixador kuwaitiano nos EUA e foi manipulada por uma campanha de relações públicas. Amnistia Internacional posteriormente reverteu seu relatório após não encontrar evidências do crime, denunciando uma manipulação probabilmente planejada pelos interesses do governo kuwaitiano.

Propaganda para justificar a invasão do Iraque em 2003

Outro exemplo é a apresentação de Colin Powell na ONU, em que alegou que o Iraque possuía armas de destruição em massa e planos de não desarmar. Essas declarações, apoiadas por fontes questionáveis, justificaram uma invasão cujo objetivo real era controlar recursos e impor uma presença militar. Depois, provas de que o país não tinha armas químicas ou biológicas destruíram credibilidade dos EUA junto à comunidade internacional, mas o dano já estava feito, moldando opiniões públicas com informações falsas.

Construindo a narrativa do “herói” e apagando o colonialismo

Columbus, colonizador e genocida

Na celebração do Columbus Day, é comum ouvir que Cristóvão Colombo foi o “descobridor” das Américas. Contudo, ele nunca pisou na América do Norte e seu papel foi muito mais violento e destrutivo do que a narrativa oficial admite. Colombo escravizou indígenas, trouxe doenças devastadoras e instaurou um regime de violência extremo. Além disso, a história oficial muitas vezes omite o impacto do genocídio indígena, incluindo o massacre de povos nativos, a destruição de suas culturas e o papel do colonizador na expansão do sistema de escravidão.

O mito do “descobrimento” e o verdadeiro objetivo da expansão

A ideia de que a expansão rumo ao oeste foi uma missão de “destino manifesto” que trouxe progresso à Nação ocidental é uma versão reformulada de uma narrativa brutal. Na verdade, a conquista territorial foi marcada por violência, genocídio e desapropriação, especialmente contra povos indígenas que viviam na região há séculos. A justificativa do “destino divino” foi, na verdade, um pretexto para justificar a pilhagem e o extermínio de culturas indígenas.

Ascensão de mitos sobre a Guerra Civil e símbolos racistas

A origem do termo “guerra de secessão” e a história da escravidão

Muitos aprendem na escola que a Guerra Civil foi sobre “direitos dos estados”, mas a principal causa foi a preservação da escravidão. Termos como “guerra dos estados” ou “guerra de secessão” tentam esconder o papel central da abolição da escravidão e a libertação de milhões de afro-americanos. Além disso, o uso do símbolo da bandeira Confederada, que muitos consideram um símbolo de racismo, foi oficialmente introduzido na história americana como uma reação ao movimento pelos direitos civis em 1956, refutando a ideia de que é um símbolo de herança racista.

Revisões da narrativa do Texas e da independência

O episódio da Revolução do Texas, muitas vezes retratado como uma luta heroica pela liberdade, na verdade teve como um dos principais motivos a preservação da escravidão, já que os texanos queriam manter a propriedade de escravos perante o governo mexicano que abolira a prática. A Batalha do Álamo, frequentemente simbolizada como uma batalha de liberdade, foi uma resistência de elite esclavagista contra a autoridade mexicana.

Desafios à narrativa oficial da Segunda Guerra Mundial

O relato heroico e a destruição nuclear

O uso das bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki é muitas vezes justificado como uma necessidade para acabar rapidamente com a guerra e salvar vidas, mas análises revelam que a motivação também incluía moldar o poder soviético. As bombas mataram dezenas de milhares de civis, com relatos chocantes de sofrimento e destruição. O argumento de que era uma exigência moral para acabar com o conflito é contestado por historiadores que apontam interesses políticos e estratégicos por trás da decisão.

O papel da URSS e a real participação dos EUA na vitória

A narrativa de que os EUA foram os principais vencedores da guerra ignora o papel crucial da União Soviética na derrota da Wehrmacht. Especialistas atribuem grande mérito ao exército soviético, responsável por cerca de 75% das mortes de soldados nazistas na Europa. Ainda assim, a narrativa predominante reforça a ideia de uma vitória americana esmagadora, minimizando a contribuição soviética.

Conceitos distorcidos sobre o imperialismo e a colonização

Manifest Destiny e o displacement indígena

A noção de “destino manifesto” que justificou a expansão territorial dos EUA foi muitas vezes apresentada como um avanço inevitável, ignorando o custo humano e ecológico. As políticas de remoção forçada, como o Trail of Tears, e o genocídio indígena foram omitidos ou minimizados em muitas versões escolares. A conquista foi marcada port atos violentos, desrespeito às culturas nativas e a destruição de comunidades inteiras.

O papel da colonização na devastação ambiental e cultural

Os colonizadores não apenas invadiram terras, mas também destruíram ecossistemas inteiros, como a quase extinção do buffalo, que era vital para os povos nativos. Essa coerção e destruição cultural foram muitas vezes justificadas com uma narrativa de missão civilizatória que escondia interesses econômicos e racistas.

Reflexão final

Ao refletirmos sobre essas falsidades, é fundamental questionar o que nos foi ensinado e buscar uma compreensão mais completa da história dos EUA. Conhecer a verdade ajuda a reconhecer as injustiças e os conflitos que moldaram o país, além de evitar que mitos e propaganda continuem influenciando a narrativa oficial. Você consegue lembrar de algum episódio que foi distorcido na sua educação? Compartilhe sua experiência e ajude a ampliar essa discussão.

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