Brasil, 19 de outubro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Débora Bloch fala sobre o sucesso de Odete Roitman em Vale Tudo

Após o final do remake, Débora Bloch comenta a complexidade da vilã e o impacto que a personagem causou no público brasileiro.

Na noite do último sábado (18), durante sua participação no programa Altas Horas, a atriz Débora Bloch compartilhou suas experiências e o sucesso da vilã Odete Roitman em Vale Tudo. A trama, que conquistou o coração do público brasileiro, foi um tema central do programa, onde a atriz também discutiu os desafios de interpretar uma personagem tão icônica e complexa.

Desafios de interpretar Odete Roitman

Débora Bloch falou sobre a grande responsabilidade que tinha ao assumir o papel de Odete, uma personagem que já havia sido brilhantemente interpretada por Beatriz Segall na versão original da novela. “Eu podia não ter acertado, a gente nunca sabe. Era uma responsabilidade grande, porque a Beatriz fez [o papel] brilhantemente. Mas está sendo muito legal o carinho que estou recebendo das pessoas. Agora, ninguém me chama mais de Débora. Tenho amigos que, quando chego numa festa, dizem: ‘Oi, Odete’”, contou a atriz, expressando sua gratidão pela recepção do público.

Além disso, Bloch comentou sobre o fenômeno que as vilãs representam na sociedade. “Acho que tem um fetiche, não sei… provoca uma catarse nas pessoas. Você pode se identificar com a maldade. Eu não passo pano para a Odete Roitman. Acho que ela é um ser humano horroroso, uma mulher autoritária, narcisista, que acha que pode comprar tudo com dinheiro. Ela é fascinada pelo poder”, disse, refletindo sobre as características da vilã e a razão pela qual ela consegue cativar o público.

O desfecho intrigante da personagem

O desfecho da trama de Vale Tudo deixou os telespectadores em polvorosa. Na última sexta-feira (17), o último episódio revelou que Marco Aurélio, interpretado por Alexandre Nero, foi o responsável por um disparo contra Odete. Em uma sequência tensa, Heleninha Roitman (Paolla Oliveira) tenta atirar na mãe, mas erra o alvo. Em seguida, Marco Aurélio utiliza a arma da ex-esposa para se vingar de Odete.

Contudo, num giro inesperado da trama, a vilã sobrevive ao tiro. A cena final traz Odete em um jatinho particular, após ligar para Freitas e conseguir marcar uma cirurgia para a retirada da bala. Este fim surpreendente deixou os telespectadores questionando a moralidade do destino da personagem e provocou debates sobre culpabilidade e empatia.

A recepção do público e as críticas sociais

A recepção do público foi mista, como Débora Bloch comentou em sua entrevista. “As pessoas não achavam que ela deveria morrer, mas que precisava ser punida. O que é interessante, né? Apesar de gostarem da personagem, entendem que ela precisa ser responsabilizada, porque não é uma pessoa legal”, completou a atriz, ressaltando o embate entre a afeição do público e a realidade das ações de Odete.

Esse tipo de narrativa instiga uma reflexão sobre a natureza humana e a forma como os espectadores se relacionam com personagens moralmente ambíguas. O fascínio por vilãs como Odete Roitman desafia a ideia de que o público deve sempre torcer pelo ‘bom’ e nos recorda que o entretenimento pode provocar tanto emoções intensas quanto reflexões profundas.

O legado de Odete Roitman

O impacto que Odete Roitman deixou na cultura pop brasileira é inegável. A vilã se tornou um ícone, representando a ambição desenfreada e a busca pelo poder a qualquer custo. O retorno da história em um remake modernizado trouxe novas gerações ao debate sobre a moralidade e as nuances das personagens femininas na televisão.

Débora Bloch, ao interpretar essa vilã complexa, não só resgatou a memória de uma das personagens mais marcantes da televisão brasileira, mas também abriu espaço para discussões contemporâneas sobre o papel das mulheres na mídia e a forma como essas narrativas são construídas.

O aclamado desempenho de Débora e a rica composição de Odete Roitman servirão como um teste para futuras tramas, onde vilãs complexas podem ser vistas como mais do que apenas antagonistas, mas sim como reflexos das falhas e virtudes da sociedade.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes