Neste episódio do podcast “I’ve Had It”, os ex-âncoras Jennifer Welch e Angie Sullivan receberam o senador Cory Booker (D-NJ) para uma conversa sobre política, que se tornou viral nesta semana. Durante a entrevista, Welch questionou Booker sobre o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, perguntando: “Você acha que ele é um criminoso de guerra?”
Pressão por respostas diretas na política
Reuters revelou que Israel já matou mais de 67.000 palestinos na ofensiva na Faixa de Gaza nos últimos dois anos, incluindo um terço de crianças. A pergunta de Welch, considerada uma “muitas vezes carregada”, buscava uma resposta direta sobre a postura do senador. Contudo, Booker respondeu que o tema era uma questão “que muitas pessoas acham importante”, mas que sua prioridade naquele momento era liderar esforços para encerrar a crise.
Ao tentar evitar um posicionamento claro, Booker afirmou: “Tenho perguntas o tempo todo que, para mim, minam minha urgência de liderar.” Welch criticou a postura dos políticos do partido Democrata, dizendo que eles frequentemente se deparam com perguntas difíceis e não conseguem dar respostas simples, como “sim” ou “não”.
Reações à postura de Booker e implicações políticas
A resposta de Booker gerou reações nas redes sociais. Muitos apontaram que sua hesitação em afirmar explicitamente que Netanyahu é um criminoso de guerra pode estar relacionada ao fato de ele ter recebido quase US$ 900 mil do lobby pró-Israel AIPAC, segundo dados do OpenSecrets. Essa ligação levantou suspeitas de que interesses financeiros influenciem seu posicionamento na questão.
Outros comentários criticaram a estratégia de políticos de aceitar convites em mídias alternativas, esperando fugir de perguntas difíceis, mas acabando por se expor perante uma base mais crítica e consciente na eleição de 2028. “Funcionários do partido estão enfrentando um teste real, e muitos não estão preparados para responder às questões que realmente importam”, comentou uma internauta.
Repercussões na campanha e no cenário político
Especialistas e usuários nas redes sociais elogiaram Welch pela postura na entrevista, considerando sua abordagem mais direta uma mudança no padrão de debates políticos. Outros sugeriram que os próprios moderadores dos debates democratas deveriam adotar um estilo mais incisivo, garantindo respostas mais claras sobre temas polêmicos.
De olho na eleição de 2028, fica evidente que candidatos e políticos precisarão romper com estratégias de respostas evasivas, especialmente em temas delicados como a política internacional e o apoio a Israel. A entrevista mostra como a pressão por respostas claras pode se tornar uma arma poderosa na construção da opinião pública.