Brasil, 19 de outubro de 2025
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Lula discute sucessão no STF em jantar com Barroso

Em reunião reservada, presidente Lula conversa sobre a vaga no STF após aposentadoria do ministro Barroso.

Em um clima de despedida, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve um jantar reservado na noite de sexta-feira, no Palácio da Alvorada, com o ministro Luís Roberto Barroso. Este encontro durou cerca de duas horas e teve como foco principal a sucessão no Supremo Tribunal Federal (STF). A aposentadoria antecipada de Barroso poderá abrir uma vaga importante na Corte, decisiva para o futuro do judiciário brasileiro.

Os principais nomes para a vaga no STF

Durante o encontro, segundo relatos a que a reportagem teve acesso, Lula buscou ouvir diretamente de Barroso sua opinião sobre os nomes que estão sendo cogitados para assumir a cadeira que ficará vaga. O presidente mencionou os três principais candidatos que têm circulado pelos corredores do Planalto: o atual advogado-geral da União, Jorge Messias, que é considerado o favorito, o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas.

Barroso, por sua vez, evitou se comprometer com um nome específico, ressaltando que considera todos os cotados como “qualificados”. O jantar não contou com a presença de outros membros da Corte, o que tornou o encontro ainda mais reservado e estratégico. A reunião ocorre no último dia de Barroso como ministro do STF, após ele proferir um voto importante que favoreceu a interrupção da gravidez até a 12ª semana de gestação.

Expectativas sobre a próxima indicação de Lula

O jantar acontece em um momento de grande expectativa, já que se espera que Lula anuncie em breve sua terceira indicação ao STF durante este mandato. As indicações anteriores do presidente foram de Cristiano Zanin e Flávio Dino. Essa escolha se tornará a 11ª indicação do petista ao longo de seus três mandatos, o que demonstra sua influência no supremo e no judiciário brasileiro.

Contudo, apesar das pressões públicas por uma maior diversidade na Corte, principalmente com a nomeação de uma mulher — tendo em vista que apenas três mulheres ocuparam o cargo em 134 anos de história do STF — Lula parece sinalizar que continuará a priorizar critérios de confiança e proximidade política, como fez nas indicações anteriores. Em entrevista recente, o presidente afirmou que procurará alguém “gabaritado”, sem se comprometer com questões de gênero ou raça.

O papel do STF na política brasileira

A posição que ficará vaga não é apenas um assento, mas um papel fundamental que ajudará a moldar as decisões do poder judiciário brasileiro, especialmente em tempos de crescente polarização política. Nos últimos anos, a Corte tem sido o centro de diversas controvérsias e decisões históricas que afetaram profundamente o cenário político do Brasil. A escolha do novo ministro, portanto, pode ser um reflexo das prioridades do governo e do que Lula deseja para o futuro do judiciário e, por consequência, do país.

A importância de manter uma composição equilibrada e sensível às demandas sociais e políticas é mais relevante do que nunca. Como Lula já mencionou, a decisão vai além da qualificação técnica do indicado; envolve um profundo entendimento das realidades sociais e das expectativas da população brasileira.

Portanto, enquanto o presidente Lula se prepara para fazer sua escolha no STF, o Brasil aguarda ansiosamente para ver quem será o futuro membro da Corte e como essa nova nomeação poderá influenciar os rumos do país. As pessoas estão atentas às motivações por trás dessa escolha, que pode ter um impacto duradouro na sociedade e na política brasileira.

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