Brasil, 18 de outubro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Polícia prende mais um suspeito do assassinato de Ruy Ferraz Fontes

O promotor de eventos Cris Brown é o sétimo preso na investigação sobre a morte do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes.

No último sábado (18), a Polícia Civil de São Paulo confirmou a prisão de Cristiano Alves da Silva, conhecido como Cris Brown, de 36 anos, em conexão com o brutal assassinato do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes. Essa é a sétima prisão relacionada ao caso, que já havia mobilizado as autoridades desde o falecimento de Ruy, ocorrido há um mês, em 15 de setembro.

Suspensão e início da investigação

Ruy Ferraz Fontes, que também atuou como secretário de Administração da Prefeitura de Praia Grande, foi morto ao voltar de um expediente. O crime levanta questões preocupantes sobre a segurança na região, especialmente considerando o histórico do ex-delegado no combate ao crime organizado, incluindo sua atuação contra a facção Primeiro Comando da Capital (PCC).

A morte de Ruy não só chocou a comunidade local, mas também provocou um intenso desdobramento de investigações por parte da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Com a posição de destaque de Ruy na Polícia Civil, as motivações por trás do crime são complexas e ainda estão sendo investigadas. Até agora, uma série de prisões foram efetuadas, incluindo Cris Brown, que é descrito como promotor de eventos.

Cristiano Alves da Silva: o novo detido

De acordo com os relatos, Cris Brown é apontado como o proprietário de uma casa em Mongaguá, cidade vizinha a Praia Grande, utilizada pela quadrilha que atuava no crime. Investigações indicam que a residência serviu como ponto de apoio antes e depois do assassinato. Cristiano tentou se justificar ao alegar que havia alugado a propriedade por R$ 2 mil, mas isso não convenceu as autoridades. A polícia relatou que ele esteve no local no dia seguinte ao crime.

Em registros da polícia, Cris Brown possui uma extensa ficha criminal, com pelo menos seis prisões por diversos crimes, incluindo roubo, tentativa de furto e crimes ambientais. A última detenção dele ocorreu em maio de 2023 por associação criminosa. Esse histórico levanta preocupações sobre a prevalência de redes de crime que podem estar operando em conjunto e minando a segurança pública.

Desdobramentos da investigação

Além de Cris, outras seis pessoas foram detidas no contexto deste caso, entre elas Felipe Avelino da Silva, que tem ligação com o PCC, e Luiz Henrique Santos Batista, suspeito de coordenar a execução do plano que levou ao assassinato de Ruy Ferraz Fontes. Enquanto duas pessoas relacionadas ao crime permanecem foragidas, um terceiro envolvido foi morto em confronto com a polícia.

Os detalhes do crime revelam uma execução planejada com frieza. Ruy foi perseguido e atacado em plena luz do dia, em um local movimentado. A velocidade com que a situação se desenrolou – menos de 40 segundos entre a emboscada e a execução – demonstra uma execução brutal, característica de organizações criminosas bem estruturadas.

O legado de Ruy Ferraz Fontes

A carreira de Ruy Ferraz Fontes na Polícia Civil é marcada por mais de 40 anos de serviço, onde se destacou como uma das principais vozes no combate ao crime organizado no estado de São Paulo. Ele liderou vários departamentos estratégicos, incluindo o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e o Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap), tornando-se uma figura respeitada e temida entre os criminosos.

Após sua aposentadoria, Ruy havia assumido um novo cargo na Secretaria de Administração de Praia Grande, apesar de seu renome como um ex-delegado que lidou com a facção criminosa mais notória do Brasil. A brutalidade de seu assassinato traz à tona um debate necessário sobre a segurança e a proteção dos que, como Ruy, dedicam suas vidas a manter a ordem e a justiça.

A continuidade das investigações

As investigações continuam sob a supervisão do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que busca esclarecer todas as circunstâncias do crime e trazer todos os envolvidos à justiça. A sociedade aguarda com expectativa o desdobramento deste caso que, além da perda de uma vida, desvela a complexidade e os desafios que o sistema de segurança enfrenta para manter a ordem pública.

Enquanto isso, os familiares e amigos de Ruy Ferraz Fontes clamam por justiça, e a cidade de Praia Grande reflete sobre o alarmante aumento da violência e sua relação com crimes orquestrados por facções criminosas.

Este caso ressalta a importância de um sistema de segurança robusto e eficiente, onde o comprometimento das autoridades é crucial para garantir a proteção de todos os cidadãos e impedir que casos como o de Ruy se repitam no futuro.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes