Brasil, 18 de outubro de 2025
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Expectativa de aprovação de Jorge Messias para o STF cresce no Congresso

A indicação do advogado-geral da União ao STF enfrenta resistência, mas aliados acreditam em sua aprovação.

A indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) gera discussões intensas no Congresso Nacional. Apesar de mobilizações nas redes sociais e promessas de resistência por parte da oposição, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro admitem, em conversas reservadas, que a aprovação de Messias pelo plenário é uma probabilidade alta. Este cenário, que surge no contexto político brasileiro, reflete as dinâmicas de poder em jogo e a influência das diferentes bancadas dentro do Senado.

O ambiente político em torno da indicação

Após uma reunião com líderes evangélicos, a expectativa é de que Jorge Messias já esteja praticamente escolhido para o STF. O advogado, que é membro da Igreja Batista, poderá atrair votos da bancada conservadora. Contudo, membros da oposição preveem ao menos 30 votos contrários à sua indicação, com alguns bolsonaristas acreditando que o desgaste na sabatina é inevitável, mas que Messias sairá vitorioso, já que a oposição está em minoria.

“Vai ter muito desgaste na sabatina, mas Messias vai passar com certeza porque somos minoria”, comentou um integrante da base aliada da situação, fazendo referência ao histórico de votações nas quais a oposição frequentemente teve dificuldade em conquistar votos significativos.

A votação de Rogério Marinho, que recebeu 32 votos na disputa pela presidência do Senado em 2023, serve como parâmetro para as previsões atuais. Embora alguns aliados de Messias acreditem que o apoio poderá ser ainda maior, em cenários mais otimistas, a base governista trabalha com a expectativa de pelo menos 41 votos favoráveis necessários para a aprovação.

Desafios e estratégias para a sabatina

A composição atual do STF, que já enfrentou situações em que ministros receberam altos índices de rejeição, como Flávio Dino e André Mendonça, mostra que a resistência a novas indicações não é uma novidade. A última ocorrência de um nome rejeitado no Senado foi no século XIX, um dado que reforça que a aprovação é visto como bastante provável, mesmo com as divisões políticas em jogo.

  • Considerações jurídicas: A expectativa também se baseia no histórico da Procuradoria-Geral da República em pautas controversas.
  • Reações à indicação: Comentários acerca da religião de Messias geram debates sobre sua relevância na aprovação, principalmente entre senadores da oposição.

Em meio a essa expectativa, foram levantadas táticas que aliados de Bolsonaro pretendem usar para atrapalhar a aprovação de Messias. Um exemplo é a utilização de um áudio histórico entre Lula e Dilma, onde Messias é mencionado de forma pejorativa. Essa estratégia evidencia a vontade de desgastar a imagem do indicado e sua ligação direta com o governo petista.

Aposentadoria de Barroso e suas implicações

Um fator adicional que influencia o cenário atual é a aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso, que abre espaço para novas indicações. A escolha de Messias está diretamente ligada a esta transição, e a movimentação no Senado reflete a urgência de Lula em garantir a nomeação de um novo ministro que possa compor a sua visão sobre o Brasil. Com a mudança no STF, espera-se que Lula indique quase metade dos ministros, reafirmando sua influência na corte suprema.

À medida que a sabatina se aproxima, o cenário torna-se cada vez mais dinâmico e imprevisível. Aliados do governo estão atentos às reações da oposição e a articulações que possam emanar da resistência política, enquanto se preparam para a batalha de votos que está por vir.

Enquanto isso, o papel de Jorge Messias como advogado-geral da União tem sido analisado sob diferentes ângulos, e a sua ligação com a política também levanta questionamentos sobre sua posição ideológica e o apoio que poderá receber de membros do Senado.

Nos próximos dias, com a sabatina programada, a luta política entre os partidos se intensificará e os resultados poderão definir não apenas o futuro de Jorge Messias, mas também a configuração do STF em um momento crucial da política brasileira.

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