Brasil, 18 de outubro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Greta Thunberg denuncia abuso e humilhações durante detenção em Israel

Ativista sueca revela detalhes de maus-tratos, incluindo fotos, insultos e violência, após cinco dias em prisão israelense

Nesta semana, Greta Thunberg, ativista ambiental sueca e participante da Flotilha Sumud Global, revelou em entrevista que foi vítima de tortura e maus-tratos por parte de autoridades israelenses durante sua detenção na Palestina. A detenção ocorreu após a interceptação de um barco de ajuda humanitária em Gaza, no início de outubro.

Relato de maus-tratos e humilhações na prisão israelense

Greta descreveu seus cinco dias de confinamento como um “momento dystópico”, relatando que foi despida, humilhada e submetida a tortura psicológica e física. Ela contou que chegou a ver cerca de 50 pessoas ajoelhadas com as mãos algemadas e cabeça no chão. “Eles me arrastaram para o outro lado, me bateram e chutaram”, afirmou.

A ativista alegou que os guardas aprenderam insultos em sueco, chamando-a de “Lilla hora” (pequena vadia) e “Hora Greta” (vadia Greta). Além disso, foi forçada a assistir enquanto seus pertences eram devorados por uma faca, e contou ter sido perseguida por agressões toda vez que tentava levantar a cabeça.

Selfies e abuso durante a detenção

Um momento que ela destacou foi a captura de selfies por parte dos guardas, que, segundo ela, fizeram isso enquanto ela permanecia algemada. “Eles tinham total ausência de empatia ou humanidade”, disse Greta. “Estavam rindo, tirando fotos comigo como se fosse uma brincadeira.”

Ela também relatou que foi forçada a desabotoar suas roupas e ficar nua, enquanto tudo era gravado. “Tudo é extremamente violento, até a medicação dos presos era jogada no lixo na minha frente”, afirmou. A ativista descreveu uma situação de extremo calor e desidratação, em que até água era negada e jogada fora pelos guardas.

Cárcere, tortura e ameaças de gás

Greta detalhou condições desumanas, incluindo being colocada em uma cela fria, com as mãos amarradas novamente e vendada. Ela disse também ter visto uma pequena gaiola com dezenas de pessoas sob o sol escaldante, com muitos desmaiando e pedindo ajuda. Segundo ela, os guardas ameaçaram “gás” os detidos, levantando um cilindro de gás e fazendo provocações.

“Não se trata apenas de mim ou dos outros ativistas. Milhares de palestinos estão presos sem julgamento, muitos sendo torturados”, afirmou, acrescentando que viu marcas de tiro e mensagens gravadas nas paredes das celas, testemunhos do sofrimento dos prisioneiros palestinos.

Reação israelense e acusações

As autoridades israelenses negaram as alegações de Greta, com o ministro de Relações Exteriores declarando que seus direitos foram plenamente respeitados. Em uma nota enviada ao jornal The Telegraph, o ministro afirmou que Greta recusou-se a acelerar sua deportação e nunca apresentou denúncia formal contra o sistema penitenciário israelense, classificando as acusações como “lendárias e infundadas”.

Impacto e recriminação internacional

As alegações de Greta acontecerem em um momento de forte tensão internacional após uma investigação da ONU, publicada em setembro, que apontou Israel como responsável por uma campanha de genocídio em Gaza. A flotilha de ajuda foi interceptada pela marinha israelense, impedindo a entrada de assistência humanitária na região.

O episódio levanta questionamentos sobre violações de direitos humanos e a conduta de Israel no conflito, enquanto ativistas e organizações de direitos humanos pedem por investigações independentes mais aprofundadas.

Perspectivas atuais

Greta Thunberg declarou que continuará defendendo os direitos dos palestinos e denunciará abusos globais, usando sua experiência como exemplo da brutalidade enfrentada por quem tenta ajudar Gaza. A situação evidencia o impacto de conflitos armados e suas atrocidades escondidas dos olhos do mundo.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes