Brasil, 18 de outubro de 2025
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China e EUA negociam nova rodada de díalogo comercial após tensões

China e Estados Unidos buscam evitar batalha tarifária e retomar negociações, enquanto a guerra comercial permanece como desafio global

A China afirmou neste sábado (18) que concordou em iniciar uma nova rodada de negociações comerciais com os Estados Unidos “o mais rápido possível”, após um período de intensificação das tensões e tarifas entre as duas maiores economias mundiais. A iniciativa busca evitar uma escalada prejudicial ao comércio global, enquanto líderes dos países negociam uma solução para a disputa.

Diálogo renovado entre Pequim e Washington

Após uma chamada por vídeo entre o vice-premiê chinês He Lifeng e o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, as negociações foram descritas como “trocas francas, profundas e construtivas”, segundo a agência estatal chinesa Xinhua. O anúncio ocorreu pouco após declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, que admitiu que as tarifas de 100% sobre produtos chineses, impostas recentemente, não são sustentáveis.

Trump afirmou na sexta-feira que os EUA estão buscando um “acordo justo” com a China, destacando que ainda não há um desfecho definido para o conflito. Ele também revelou que deve se reunir com o presidente Xi Jinping nas próximas duas semanas, na Coreia do Sul, para tratar do comércio bilateral.

Tensões comerciais em alta e críticas ao sistema multilateral

Resposta da China às ações americanas

A missão chinesa na Organização Mundial do Comércio (OMC) criticou os Estados Unidos por enfraquecerem o sistema de comércio multilateral. Segundo o comunicado, Washington teria utilizado políticas discriminatórias, tarifas de retaliação e sanções unilaterais, violando compromissos assumidos na OMC. A delegação chinesa afirmou que um relatório do Ministério do Comércio será divulgado para avaliar o cumprimento das regras pelos EUA.

Escalada de críticas e medidas retaliatórias

As tensões aumentaram após Trump impor tarifas de 100% a certos produtos chineses e ameaçar interromper negócios relacionados a óleo de cozinha, por exemplo. Os controles chineses sobre terras raras, considerados pelo governo americano como ações hostis, também foram apontados como retaliamento às medidas dos EUA, iniciadas na rodada anterior das negociações.

Impacto na economia global e nas exportações

Com os EUA adotando tarifas elevadas, exportadores chineses passaram a direcionar seus negócios para outros mercados como Europa, Oriente Médio e América Latina. Apesar da queda nas vendas para o mercado americano, as exportações totais da China cresceram 7,1% nos primeiros nove meses do ano, reforçando a robustez da economia chinesa.

Entretanto, muitos empresários relatam dificuldades, com preços em declínio e operações com prejuízo. Segundo informações da Reuters, a feira de Cantão, maior do mundo, registra diminuição de compradores dos Estados Unidos, enquanto o interesse por países como o Brasil tem aumentado.

Consequências para os mercados e perspectiva futura

As bolsas na China e Hong Kong sofreram sua pior semana desde abril, com perdas de até 2,5%. Analistas apontam que o clima de instabilidade deve permanecer até a reunião do Partido Comunista Chinês na próxima semana, que definirá o novo plano de desenvolvimento econômico do país. Investidores aguardam ansiosamente a evolução das negociações e o possível encontro entre Xi Jinping e Donald Trump.

Segundo especialistas, a retomada das negociações representa uma oportunidade de reduzir as tensões que impactam o comércio internacional, mas ainda há desafios a serem enfrentados para assegurar um acuerdo duradouro entre as duas potências.

Para saber mais, leia a matéria completa no site do G1.

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