Brasil, 18 de outubro de 2025
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Peso argentino continua a cair mesmo com apoio dos EUA antes das eleições

Apesar do respaldo dos EUA, o peso argentino mantém sua tendência de depreciação, afetando a economia e as expectativas eleitorais

O peso argentino sofreu uma nova queda nesta sexta-feira, mesmo após o aumento da intervenção dos Estados Unidos no mercado cambial do país. A moeda brasileira perdeu até 5,2% durante o pregão, chegando a cotar cerca de 1.475 pesos por dólar, antes de fechar perto de 1.450. A ação dos EUA ocorreu mesmo com o forte apoio ao candidato Javier Milei, na corrida eleitoral que ocorre em 26 de outubro.

Contexto e impacto da intervenção americana

Segundo fontes próximas do mercado, os Estados Unidos realizaram a maior compra de pesos em uma sessão, estimando-se que mais de US$ 200 milhões tenham sido vendidos pelo Tesouro durante o dia. Scott Bessent, secretário do Tesouro dos EUA, afirmou que o volume de compras foi maior do que o registrado em sessões anteriores, com metade do valor negociado nos últimos 10 minutos de operação.

Apesar desse suporte, o peso continuou a perder força, e a consultoria britânica Capital Economics avalia que a moeda está aproximadamente 30% sobrevalorizada, indicando um desalinhamento que deve persistir. Desde o início da campanha eleitoral, após a derrota do governo na província de Buenos Aires em setembro, a moeda já recuou 7% frente ao dólar.

Perspectivas econômicas e eleitorais na Argentina

Durante a semana, a inflação anual subiu 2,1%, alcançando níveis recordes desde abril, o que amplia a incerteza econômica no país. Com o mercado financeiro instável, cidadãos comuns como Mariana Rodríguez, de 34 anos, e Rosana González, de 48, tentam antecipar compras e operações financeiras, refletindo o clima de temor antes do resultado eleitoral.

Analistas acreditam que a forte intervenção dos Estados Unidos visa estabilizar o mercado antes do pleito, no qual Milei busca fortalecer sua bancada no Congresso, atualmente com cerca de 15% das cadeiras, visando avançar com reformas econômicas importantes.

Aliança política e ajuda financeira

O apoio dos EUA também envolve uma ajuda financeira de US$ 20 bilhões, em acordo que gerou críticas da China, que acusou Washington de adotar uma “mentalidade de Guerra Fria”. O contexto político internacional se soma às disputas internas, enquanto o governo argentino busca manter a estabilidade financeira e garantir a continuidade de suas políticas econômicas após as eleições.

Perspectivas futuras

Analistas alertam que, embora as intervenções temporárias tenham melhorado momentaneamente o clima, o desalinhamento do peso persiste e deve continuar influenciando a economia argentina nos próximos meses, especialmente enquanto não houver definição clara dos resultados eleitorais e das políticas que serão implementadas.

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