Um provável encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump durante a Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), que ocorre entre os dias 26 e 28 de outubro na Malásia, segue sendo uma possibilidade para o governo brasileiro. Os dois líderes estão confirmados no evento e a expectativa é alta.
A organização das agendas é crucial
Segundo interlocutores do Planalto, se houver compatibilidade nas agendas de ambos durante a viagem oficial, o encontro presencial entre Lula e Trump pode acontecer. “O que pesa mais é a organização das agendas”, disse uma fonte palaciana, enfatizando a importância de um agendamento organizado e a comunicação eficaz entre os dois governos para que o encontro se concretize.
Uma conversa durante a Asean é a possibilidade mais rápida de encontro entre os dois, que já se falaram por telefone no início deste mês. Esse telefonema, conforme informações, deu a oportunidade a Lula de sinalizar outras possibilidades ao presidente norte-americano, além de reinterar o convite para a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém (PA) entre 10 e 21 de novembro deste ano. Lula também deixou claro que está aberto a uma possível visita aos Estados Unidos, embora sem uma data definida até o momento.
Expectativas sobre a relação Brasil-EUA
A possibilidade de um encontro entre Lula e Trump na Asean é vista com otimismo por analistas políticos, que acreditam que a reunião poderia dar um novo impulso na relação Brasil-EUA, que passou por altos e baixos nos últimos tempos. A interação entre os dois líderes é especialmente crucial em tempos onde temas como a economia, o meio ambiente e a política internacional estão em constante mudança.
Na reunião com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e o chefe da assessoria especial do Palácio do Planalto, Celso Amorim, Lula discutiu a importância do encontro e os passos que devem ser tomados para garantir a eficácia das negociações. A reunião, que durou cerca de três horas, ocorreu um dia após o chanceler brasileiro se reunir com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, para iniciar as negociações envolvendo as tarifas e sanções impostas pelos EUA.
Panorama das negociações
Com Rubio, o chanceler brasileiro reiterou a posição que busca a “reversão das medidas adotadas pelo governo norte-americano a partir de julho”. Até o momento, o pedido ainda será debatido, mas não há definições a respeito. As conversas futuras entre os líderes e seus representantes determinarão os próximos passos das negociações, incluindo datas, formato e equipes de negociadores.
As negociações entre Brasil e EUA são de extrema relevância, uma vez que abrangem questões econômicas que impactam diretamente os dois países. O desenrolar dessas conversas pode influenciar não apenas as relações bilaterais, mas também aspectos do comércio global e questões ambientais que afetam o mundo todo.
Portanto, a expectativa em torno da Cúpula da Asean não se resume apenas ao encontro de Lula e Trump, mas se estende ao potencial que essas reuniões têm para moldar o futuro das relações internacionais e a estratégia do Brasil na cena global.