Na manhã de ontem, o secretário de Saúde dos EUA, RFK Jr., causou polêmica ao fazer afirmações sobre a fertilidade de adolescentes e mudanças hormonais, que rapidamente se tornaram virais na internet. Entre as declarações, ele afirmou que “o adolescente médio deste país tem 50% da contagem de espermatozoides e 50% de testosterona de um homem de 65 anos”.
Fertilidade dos adolescentes e a falta de embasamento científico
RFK Jr. afirmou que a média de espermatozoides dos adolescentes estaria em declínio acentuado, mas não há evidências científicas que comprovem essa informação. Diversos estudos recentes mostram que, enquanto há variações na puberdade e desenvolvimento, afirmações alarmistas sem fundamentos claros confundem o público.
Segundo artigo publicado pela NBC News, não há dados que apoiem que a contagem de espermatozoides dos jovens esteja em declínio tão acentuado quanto foi sugerido.
Discussão sobre puberdade precoce e rumores infundados
RFK Jr. também sustentou que meninas estão atingindo a puberdade seis anos mais cedo, mas estudos_ recentes indicam uma variação de aproximadamente seis meses na idade de início da menstruação em relação às gerações passadas, o que não é considerado uma mudança alarmante, tampouco uma crise de saúde pública.
De acordo com pesquisa publicada na JAMA Network Open, o avanço da puberdade ocorre por diversos fatores, incluindo ambientais, mas não na escala alarmante defendida por RFK Jr.
Reações e críticas à postura polêmica de RFK Jr.
Muitos usuários na internet criticaram a falta de embasamento das declarações do secretário, com comentários como “ele demonstra uma ausência total de autoconhecimento” e “como alguém que reclama da destruição do sistema de saúde pode fazer afirmações tão infundadas sobre juventude?”.
Outro ponto de contestação foi a alegação de RFK Jr. de que os pais atuais não estão tendo filhos, o que gerou confusão, afinal, o termo “pais” refere-se àqueles que já têm filhos — uma expressão que, na prática, não condiz com a realidade demográfica do país.
Impacto e próximas reações
Apesar do clima de críticas, o episódio reforça a importância de checar informações científicas antes de divulgar alegações de impacto social. Especialistas advertiram que discursos sem respaldo podem contribuir para a desinformação e aumentar o medo na população.
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