Brasil, 18 de outubro de 2025
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Casos de Mpox Clade I em Califórnia levantam preocupações

Dois residentes na Califórnia foram infectados por uma cepa mais letal de Mpox adquirida localmente, evidenciando a importância da vigilância.

Recentemente, dois residentes na Califórnia foram diagnosticados com uma nova cepa potencialmente mais letal do Mpox, chamada de “Clade I”. O Departamento de Saúde do Condado de Los Angeles confirmou que os indivíduos testaram positivo para a doença adquirida localmente, ou seja, sem registro de viagens para áreas de risco elevado, como a África Oriental. Essa é a primeira vez que casos de Clade I são registrados localmente nos Estados Unidos.

O primeiro caso foi notificado na terça-feira e envolve um residente de Long Beach, enquanto o segundo, reportado na quinta-feira, se refere a um morador do Condado de Los Angeles. Os dois pacientes foram internados, mas já estão em processo de recuperação em casa, segundo informações das autoridades de saúde.

A cepa Clade I é considerada mais severa em comparação à Clade II, que atualmente circula nos EUA e foi responsável pelo surto de 2022. Enquanto Clade II apresenta uma taxa de letalidade inferior a 3%, a Clade I pode levar à morte até 10% dos infectados.

Risco de transmissão da cepa Clade I

De acordo com autoridades de saúde, a cepa Clade I se espalha de forma mais fácil, especialmente por meio do contato pessoal próximo, como massagens, abraços e relações sexuais. Até o momento, o CDC registrou seis casos de Clade I no país, todos entre pessoas que viajaram para zonas associadas a surtos na África Central e Oriental.

O prefeito de Long Beach, Rex Richardson, enfatizou a necessidade de vigilância contínua, destacando: “Embora o risco geral de exposição ao público permaneça baixo, levamos isso muito a sério.” Para ele, isso ressalta a importância da resposta precoce e da vacinação.

Nos últimos relatórios do CDC, estima-se que existam quase 40 mil casos suspeitos de Mpox na África Central e Oriental, principalmente na República Democrática do Congo (RDC). A doença, anteriormente conhecida como monkeypox, é transmitida através de contato íntimo, fluidos corporais, lesões, compartilhamento de roupas e cama, além de beijos e tosse.

Sintomas e recomendações

Os sintomas de Mpox incluem erupções cutâneas ou lesões incomuns que se assemelham a espinhas ou bolhas cheias de pus, além de febre, calafrios, dores de cabeça, dores musculares e inchaço dos gânglios linfáticos. As autoridades em Long Beach recomendam que as pessoas evitem relações sexuais e contatos íntimos, além de buscar atendimento médico imediato caso desenvolvam erupções ou lesões inexplicáveis.

Embora a maioria dos pacientes se recupere naturalmente, tratamentos antivirais podem ser considerados para indivíduos com risco de desenvolver doenças graves. Nos EUA, qualquer pessoa que suspeita ter sido exposta ao Mpox nos últimos 14 dias, ou que tenha fatores de risco sexual, pode receber duas doses da vacina JYNNEOS, que previne a infecção. Isso inclui populações específicas, como homens gays ou bissexuais e pessoas com HIV ou imunocomprometidas.

Impactos e considerações futuras

A crescente preocupação com a saúde pública em relação ao Mpox, especialmente com a ascensão de cepas mais letais, destaca a necessidade de atuação efetiva e conscientização. As autoridades de saúde devem permanecer vigilantes, continuamente analisando a evolução do vírus e suas implicações para a saúde pública.

O controle da doença depende não apenas da resposta rápida às infecções, mas também da ampliação da vacinação e da educação da população sobre métodos de prevenção. O que pode parecer uma doença que afeta um grupo restrito pode se espalhar rapidamente se não forem tomadas as devidas precauções.

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