Brasil, 17 de outubro de 2025
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Venezuela registra crescimento de 8,7% no terceiro trimestre impulsionado pelo petróleo

Apesar de crescimento econômico, venezuelanos enfrentam alta inflação e desvalorização da moeda, com dificuldades no dia a dia

A economia da Venezuela cresceu 8,7% no terceiro trimestre de 2025 em comparação ao mesmo período de 2024, impulsionada pelo aumento nas vendas de petróleo, conforme divulgado nesta quinta-feira pelo Banco Central (BCV). No entanto, os venezuelanos afirmam não perceber essa melhora em seu cotidiano.

Marca de crescimento e suas contradições econômicas

O BCV destacou que já são dezoito trimestres consecutivos de crescimento econômico no país, que voltou a registrar expansão no segundo trimestre de 2021 após sair de uma hiperinflação prolongada e de uma queda de 80% no PIB. Apesar do dado oficial, a população enfrenta uma inflação elevada e a forte desvalorização do bolívar, que caiu mais de 70% frente ao dólar neste ano.

“Dizer que há aumento do PIB é algo positivo, mas eu não vejo prosperidade nem o fim da crise”, criticou Ingrid Flores, criadora de conteúdo de 35 anos, ao expressar a percepção dos venezuelanos sobre a situação econômica.

Desafios econômicos e impacto na vida cotidiana

O aumento do PIB foi acompanhado por avanços de 16,12% na atividade petrolífera e de 6,12% na não petrolífera, segundo o BCV, que atribui essa recuperação às ações do governo frente às adversidades econômicas. Ainda assim, o salário mínimo permanece abaixo de um dólar, com apenas 130 bolívares, embora o governo tente compensar a perda com bonificações.

Além da desvalorização da moeda, os venezuelanos enfrentam uma grande diferença entre o dólar oficial — cotado a 203 bolívares — e o paralelo, que ultrapassa 280 bolívares, quase 40% a mais. Essa disparidade torna as compras diárias mais difíceis, agravando a crise social.

Contexto político e influência externa

O cenário venezuelano continua marcado por tensões externas. Recentemente, helicópteros de elite dos Estados Unidos sobrevoaram o Caribe a menos de 150 km da Venezuela, uma movimentação vista como uma demonstração de pressão, enquanto o presidente do Panamá denunciou a atuação dos EUA contra a China no país.

Segundo Nicolás Maduro, os preços na Venezuela aumentaram 48% em 2024, embora o BCV não publique dados sobre a inflação há um ano, o que reforça a dificuldade de entender a real situação econômica do país.

Perspectivas de recuperação e desafios futuros

Embora o governo atribua o crescimento econômico às suas políticas e às receitas do petróleo, muitos especialistas alertam para a persistência dos problemas estruturais e sociais. A recuperação do PIB, embora positiva numericamente, não tem refletido melhora significativa na qualidade de vida dos venezuelanos, que continuam enfrentando alta inflação, desemprego e precariedade.

Para saber mais, acesse a reportagem completa no O Globo.

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