O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconheceu a possibilidade de necessidade de aporte emergencial nos Correios, que enfrenta grave crise financeira, no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026. A informação foi divulgada em documento enviado em 18 de setembro como complemento do orçamento para o próximo ano.
Risco de aporte emergencial até 2029
De acordo com o documento, há o risco de que o aporte do Tesouro Nacional seja necessário já em 2025, podendo se estender até 2029. A classificação do risco como “possível” indica uma chance considerável de que a medida seja necessária, embora não seja uma probabilidade mais alta, como a de risco “provável”.
Crise financeira e plano de reestruturação
A estatal anunciou nesta semana um plano de reestruturação após registrar prejuízos sucessivos, totalizando um déficit de R$ 4,3 bilhões no primeiro semestre de 2025. O programa inclui três pilares principais: redução de despesas operacionais e administrativas, diversificação das fontes de receita e recuperação da liquidez da empresa.
Medidas de recuperação
Segundo o decreto do governo, o objetivo das ações é restaurar a competitividade dos Correios, assegurar a estabilidade nas suas relações com colaboradores, clientes e fornecedores, além de possibilitar a geração de caixa para sustentar as operações.
Perspectivas e riscos futuros
O apoio emergencial do Tesouro visa ajudar a estabilizar a situação financeira da companhia, cujo colapso poderia afetar a prestação de serviços postais no país. A possibilidade de aporte já em 2025 evidencia a urgência de ações para evitar que o cenário se agrave nos anos seguintes.
A expectativa do governo é que o pacote de reestruturação possa viabilizar a recuperação financeira da estatal, mas o risco de necessidade de recursos adicionais permanece como uma preocupação constante. A decisão final dependerá do sucesso das medidas implementadas e dos resultados financeiros futuros da empresa.
Para mais detalhes, acesse a matéria completa no Globo.