Brasil, 16 de outubro de 2025
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Haddad defende taxação global dos super-ricos em reunião do FMI

Ministro da Fazenda propõe reforma tributária mundial eNova globalização com foco na justiça social e sustentabilidade

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou durante a reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, em Washington, a necessidade de uma taxação global dos super-ricos para combater a crise climática e reduzir desigualdades sociais. A ação faz parte de uma proposta de reforma tributária internacional e de uma “nova globalização” guiada por critérios socioambientais.

Propostas de reforma tributária internacional e justiça fiscal

Representado pela secretária de Assuntos Internacionais, Tatiana Rosito, Haddad divulgou uma carta em que defende uma reforma tributária progressiva e uma nova concepção de globalização. Segundo o documento, “agora é a hora de os super-ricos pagarem sua parte justa de impostos”, ressaltando que o sistema atual favorece a concentração de riqueza e permite evasão fiscal em larga escala.

O texto classifica a desigualdade e a evasão fiscal como falhas estruturais que ameaçam a estabilidade econômica e a coesão social mundial, criticando o sistema vigente por ser inadequado e permitir uma concentração de renda sem precedentes.

Foco na justiça social e sustentabilidade

A carta do governo brasileiro reforça o compromisso com uma agenda de tributação mais justa, incluindo revisão de isenções fiscais ineficientes e a incorporação de metas ambientais na política fiscal, por meio do Plano de Transformação Ecológica. Haddad afirmou que o equilíbrio das contas públicas deve ser alcançado “sem abrir mão da equidade”.

Posicionamento do Brasil no cenário internacional

No âmbito global, o Brasil expressou preocupação com o avanço de medidas unilaterais e protecionistas, que, na avaliação do país, alimentam a incerteza econômica e ameaçam o crescimento mundial. O documento propõe “redobrar esforços para construir uma nova globalização”, baseada em regras multilaterais e na inclusão social, com foco em metas ambientais.

Segundo o texto, “a economia global navega em águas desconhecidas”, enfrentando riscos como inflação persistente, juros elevados, envelhecimento populacional e crise climática iminente. O governo brasileiro defende que o FMI e o Banco Mundial liderem uma transição para um sistema mais estável e inclusivo.

Política interna e perspectivas econômicas

Haddad também reafirmou o “compromisso inabalável” do Banco Central com o controle da inflação, destacando a resiliência da economia brasileira, que projeta crescimento de 2,4% para 2025, com queda no desemprego e na desigualdade, além de contas externas equilibradas.

Para 2026, o governo prevê um superávit primário de 0,25% do PIB, com uma elevação gradual até 1,25% em 2029, ano em que também espera estabilizar a dívida pública.

Reformas no FMI e fortalecimento do multilateralismo

Por fim, Haddad defendeu reformas na governança do FMI, incluindo maior representatividade para países em desenvolvimento e maior transparência na avaliação de restrições comerciais e cortes na ajuda internacional. O documento aponta o Fundo como um “farol altamente valorizado” e defende atuação mais responsável diante dos desafios globais.

O ministro acredita que o fortalecimento do multilateralismo aliado à justiça tributária são essenciais para construir uma economia global “mais verde, estável e inclusiva”.

Para saber mais, acesse a matéria completa em Agência Brasil.

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