As queimadas no Piauí continuam sendo um assunto de preocupação crescente, especialmente no Norte do estado, onde incêndios devastaram áreas significativas, incluindo árvores centenárias. Em resposta à grave situação, a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí (Semarh) anunciou a prorrogação, pela segunda vez, da portaria que proíbe o uso do fogo para queimadas. A nova data de vigência se estende até 14 de novembro, levando em consideração as previsões climáticas e os riscos associados aos incêndios.
Motivos para a prorrogação da proibição
A principal motivação para a extensão da proibição das queimadas é a previsão de chuvas, que, embora esperadas para as próximas semanas, não devem atingir volumes suficientes para mitigar o risco de novos focos de incêndio. Segundo o relatório técnico da Semarh, a região sudoeste do Piauí, a mais afetada pela seca e pelas altas temperaturas, ainda apresentará condições críticas. Isso levantou alarmes sobre a possibilidade de que a situação continue a deteriorar-se.
Além disso, os dados fornecidos pela Semarh apontam que, desde a implementação da portaria, houve uma redução significativa nos focos de incêndio. No primeiro mês, o estado notou uma diminuição de 23,3% comparado ao mesmo período do ano anterior, enquanto no segundo mês, a redução foi de 5%. “A queda é considerada positiva, uma vez que estamos enfrentando uma seca prolongada e temperaturas elevadas”, destacou a secretaria.
Resultados da contenção de incêndios
Até o momento, o Piauí registrou mais de 7 mil focos de calor desde o início do ano, um número semelhante ao observado em 2024. Contudo, a Semarh se mostrou otimista ao afirmar que as chamas não se espalharam com a mesma intensidade dos anos anteriores. Essa contenção é atribuída, em grande parte, ao efeito da portaria prohibitiva e ao trabalho ativo das brigadas municipais formadas pela Semarh.
O papel das brigadas de combate a incêndios
As brigadas estão preparadas para atuar de maneira rápida e eficiente, com treinamento específico para prevenir que o fogo se propague. Essas ações coordenadas têm sido essenciais para minimizar os danos ecológicos e preservar a fauna e a flora locais. “Nosso objetivo é garantir que essas queimadas não atinjam proporções maiores e causem mais destruição”, explicou um porta-voz da Semarh.
Expectativa para as próximas semanas
Com o término da proibição em 14 de novembro se aproximando, as expectativas para os próximos meses dependem diretamente da colaboração entre o governo, a sociedade e as condições climáticas. Caso a situação não melhore, a prorrogação da proibição deve ser considerada com seriedade. A conscientização da população também desempenha um papel crucial nesse combate às queimadas, e campanhas educativas têm sido promovidas para reforçar a importância da preservação ambiental.
À medida que nos aproximamos da temporada de chuvas, a esperança é que o volume de água previsto ajude a aliviar a seca, mas os cuidados e a vigilância continuarão a ser uma prioridade nas estratégias de defesa contra os incêndios no Piauí.
Com a chegada da nova data de proibição, a Semarh reforça o alerta para que a população siga policiais e locais para reduzir o uso de fogo, garantindo um futuro mais sustentável e protegido para a rica biodiversidade do Piauí.