Brasil, 15 de outubro de 2025
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Haddad defende fim de restrições comerciais em carta ao FMI

Ministro da Fazenda solicita o fim de medidas unilaterais para impulsionar o crescimento global e destaca a resiliência da economia brasileira

Em meio às tensões comerciais e ao cenário internacional desafiador, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enviou uma carta ao Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta semana, defendendo o fim das restrições comerciais unilaterais para preservar o crescimento mundial. A iniciativa ocorre durante o encontro de outono do FMI em Washington, que Haddad decidiu não participar devido a debates internos sobre o orçamento de 2026.

Declarações de Haddad sobre política monetária e fiscal

No documento, Haddad reconhece que a inflação no Brasil está acima da meta e que a política monetária está em estágio de contenção, reforçando o compromisso do Banco Central em cumprir o objetivo inflacionário. Segundo o ministro, as ações fiscais recentes tiveram como base a racionalização de gastos além de medidas de aumento de receita, buscando equilíbrio nas contas públicas.

Importância de cooperação internacional e comércio justo

O ministro destacou que as tensões comerciais impulsionadas por medidas unilaterais prejudicam diversos países e aumentam níveis recordes de incerteza. Para Haddad, a remoção de restrições comerciais e a adoção de estruturas previsíveis baseadas em regras são essenciais para garantir o crescimento global sustentável.

“A restauração de estruturas previsíveis e a cooperação internacional são fundamentais para enfrentar desafios globais comuns, como mudanças climáticas, desigualdade e vulnerabilidades na dívida pública”, afirmou Haddad no documento.

Economia brasileira demonstra resiliência apesar do cenário externo

O ministro ressaltou que, após anos de expansão além das expectativas, a atividade econômica no Brasil está próxima do seu potencial. Haddad destacou a elevação da projeção do FMI para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro neste ano, de 2% para 2,4%, refletindo a resiliência da economia local diante do cenário global adverso.

Além disso, Haddad comemorou a redução do desemprego e da desigualdade de renda, indicadores que encontram os seus menores níveis históricos. Contudo, ele reconhece que o núcleo de inflação continua elevado, indicando pressões persistentes, enquanto as expectativas de inflação permanecem acima da meta.

Política monetária e o papel do Banco Central

O ministro reforçou que a política monetária permanece em território contracionista, alinhando-se ao compromisso do Banco Central de cumprir a meta inflacionária e de reancorar as expectativas de preços. Apesar de defender o trabalho do BC, Haddad afirmou que a taxa Selic, atualmente em 15%, “nem deveria estar em 15%”, sinalizando divergências públicas sobre o nível de juros.

Compromisso com contas públicas e justiça social

Haddad também defendeu a agenda do governo Lula, que enfatiza a justiça social e um arcabouço fiscal confiável. Ele destacou que o ajuste fiscal realizado nos últimos anos combinou medidas de alta qualidade na arrecadação com racionalização de despesas, e que essa estratégia continuará sendo usada para promover bem-estar social e estabilidade econômica.

Papel do FMI e desafios de governança global

Por fim, o ministro afirmou que o FMI mantém papel “insubstituível” na rede de segurança financeira internacional, mas ressaltou a necessidade de aprimoramentos na governança da instituição. Ele afirmou que medidas urgentes são essenciais para fortalecer esse papel e garantir uma resposta eficiente às crises globais.

Para saber mais, acesse a matéria completa no O Globo.

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