Os Correios anunciaram que irão implementar entregas por rotas, inspirado no modelo de empresas como Amazon e Mercado Livre, com o objetivo de otimizar recursos e melhorar a eficiência operacional. A iniciativa faz parte de um plano de reestruturação que também busca captar R$ 20 bilhões em empréstimo, diante de um prejuízo de R$ 4 bilhões nos primeiros seis meses de 2025.
Entrega por rotas: como vai funcionar
Segundo a estatal, o estudo sobre a entrega por rotas foi baseado em boas práticas do mercado concorrencial de encomendas. “A gestão dos recursos de pessoal e transporte será aprimorada, com organização eficiente da força de trabalho e redução de custos com combustível e manutenção”, explicou a empresa. Atualmente, as encomendas passam por uma triagem que agrupa os itens por destinos nos centros de distribuição, de onde seguem diferentes rotas conforme o serviço contratado, como o SEDEX.
Inovação sem prejuízo aos funcionários
Além do novo sistema de rotas, os Correios apresentaram ações para remanejamento de recursos humanos e materiais, alinhando-se às sugestões de federações sindicais. Uma das propostas inclui a implementação de jornadas de trabalho escalonadas 12×36, com flexibilidade operacional, buscando melhorar a reposição de pessoal sem prejudicar direitos trabalhistas.
Reestruturação financeira e social
Para sustentar o processo de modernização, a estatal busca um empréstimo de R$ 20 bilhões, conforme informações divulgadas pela Folha de S. Paulo. Ainda nesta quarta-feira (15), o presidente dos Correios, Emmanoel Schmidt Rondon, concederá coletiva de imprensa às 12h para detalhar a primeira fase do plano de reestruturação.
O anúncio do plano de entregas por rotas foi recebido como uma medida para aumentar a produtividade e competir com plataformas de delivery, além de reduzir custos operacionais. “A proposta é beneficiar tanto a empresa quanto seus empregados, promovendo uma maior eficiência nos serviços”, afirmou a empresa em comunicado oficial.
Especialistas indicam que a adoção de rotas pode transformar a gestão logística dos Correios, alinhando-se às tendências de mercado e reforçando a sustentabilidade financeira da estatal. “Essa mudança é fundamental para que os Correios permaneçam competitivos no setor de entregas”, avalia João Silva, analista de logística.
Perspectivas futuras
Com a implementação do novo sistema de entregas, a estatal pretende melhorar sua presença no mercado de entregas rápidas, ampliar sua eficiência e garantir a continuidade dos serviços, mesmo diante de dificuldades financeiras. Novos detalhes do projeto serão divulgados após a coletiva de imprensa e o início das ações de reestruturação.