A noite da última terça-feira (14) pode ter sido decisiva para o Athletico Paranaense na briga pelo retorno à elite do futebol brasileiro. O empate em 1 a 1 contra o Avaí, em plena Ligga Arena, deixou o time paranaense distante do G4 da Série B, faltando apenas seis rodadas para o fim da temporada. Para deixar a situação ainda mais dramática, o próximo jogo reserva o clássico contra o Coritiba, líder da competição.
O empate deixou o Furacão três pontos atrás do Goiás, atual 4º colocado com 52 pontos. Apesar da distância pequena, a má fase do rubro-negro também pesa na matemática que mostra os favoritos ao acesso para a Série A do Campeonato Brasileiro 2026. Segundo o Departamento de Matemática da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), o Athletico possui apenas 28,8% de chances de retornar para a elite do futebol nacional. Já os adversários na briga pelo acesso, como a Chapecoense, que vem de quatro jogos de invencibilidade, e o Remo, com quatro triunfos consecutivos, ganharam fôlego na disputa pelo G4.
Athletiba ganha peso decisivo
Para dificultar ainda mais a caminhada do Furacão, a próxima rodada da Série B reserva o clássico contra o Coritiba, em pleno Couto Pereira. Com 56 pontos, sete a mais do que o Athletico, o Coxa possui 93,5% de probabilidade de retornar para a elite do Brasileirão, segundo a UFMG.
Depois do empate contra o Avaí, Fábio Moreno, auxiliar do Athletico, disse que apenas um resultado interessa no clássico. “A gente precisa vencer, não por ser o Coritiba, é porque é o próximo (jogo). Por ser clássico, é um jogo mais interessante, mais importante e é isso que a gente vai buscar”, disse Moreno em coletiva após a partida.
Empate no segundo tempo
O duelo contra o Avaí era visto como ideal para o Furacão encerrar a sequência de duas derrotas — para Atlético-GO e Remo — e voltar a mostrar tranquilidade na reta final da Série B. O que se viu, porém, foi justamente o contrário: um time tenso, nervoso e que não soube aproveitar o fator casa para garantir os três pontos.
Diferente do Avaí, que entrou em campo sem pressão e, aos 22 minutos, abriu o placar com João Vitor, após cobrança de escanteio de Marquinhos Gabriel. O empate do Furacão só veio no segundo tempo com Viveros, de pênalti, aos 6 minutos.
Confusão com expulsões e críticas do auxiliar
Porém, o que chamou a atenção foi a confusão generalizada após o apito final. César, goleiro do Avaí, respondeu às provocações dos torcedores do Furacão, e os jogadores rubro-negros não gostaram, partindo para cima do goleiro catarinense. Resultado: cartão vermelho para o próprio César e para Mendoza, atacante do Athletico.
Após a briga, o árbitro foi ao VAR para analisar a confusão e acabou expulsando mais um do Furacão, o zagueiro Terán, que foi criticado pelo auxiliar Fábio Moreno. “Lamentável ter essas expulsões, nos prejudica. Não temos a pretensão de passar a mão na cabeça de ninguém, mas se alguém tiver uma imagem do Mendoza agredindo alguém”, avaliou. “A situação do Terán é um pouco diferente. É lamentável, nos prejudica.”
O cenário não é dos melhores para o Furacão: três jogos sem vencer, time nervoso e clássico pela frente. Diante do Coritiba no próximo domingo (19), às 18h30 (de Brasília), um novo resultado negativo pode complicar o Athletico na disputa para voltar para o Brasileirão do próximo ano.