Brasil, 15 de outubro de 2025
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Vendas do comércio brasileiro crescem 0,2% em agosto

Após quatro meses de declínio, vendas no setor varejista tiveram leve avanço, mas o consumo das famílias ainda mostra sinais de desaceleração

As vendas do comércio no Brasil registraram uma alta de 0,2% em agosto em relação a julho, interrompendo uma sequência de quatro meses consecutivos de queda, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo IBGE. Apesar do leve avanço, o cenário ainda evidencia a perda de fôlego do consumo das famílias diante de fatores como elevado endividamento e juros altos.

Desempenho setorial e impacto do dólar

O levantamento do IBGE aponta que, na comparação com o mesmo mês do ano passado, o setor varejista acumulou crescimento de 1,6% no ano e 2,2% em 12 meses, sendo a menor taxa desde janeiro de 2024. Para Cristiano Santos, gerente da pesquisa, “são cinco meses consecutivos com variações muito próximas de zero, tanto para cima quanto para baixo.”

Setores com desempenho positivo

Entre os setores que contribuíram para o crescimento de agosto, destacam-se Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (4,9%), Tecidos, vestuário e calçados (1%), além de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,7%). Os setores de Móveis e eletrodomésticos e Hiper e supermercados tiveram alta de 0,4% cada.

Cristiano Santos também comentou sobre a influência do dólar, que desvalorizou a moeda e barateou produtos de informática, beneficiando o consumidor brasileiro.

Desafios do endividamento e juros altos

Apesar do bom momento do mercado de trabalho e da alta da renda, dados recentes indicam que o nível de endividamento permanece elevado, prejudicando o orçamento das famílias. O Banco Central mantém a taxa básica de juros em 15% ao ano, em patamar elevado há meses, e a expectativa é de que essa condição persista por um período prolongado.

Perspectivas do setor e impacto na economia

O comportamento do comércio nas últimas semanas evidencia uma desaceleração, refletida nas variações de vendas que vêm se mantendo próximas de zero desde abril. A recuperação mais sólida está prevista para ocorrer de forma gradual, diante do cenário de juros altos e endividamento elevado.

Especialistas apontam que, até o momento, os setores de maior destaque reforçam a resistência do varejo, mas os obstáculos como o encarecimento dos créditos e a insegurança econômica restringem o pleno potencial de crescimento. De acordo com a pesquisa do IBGE, a expectativa é de que o comércio siga apresentando resultados moderados nos próximos meses, até que a retomada do consumo seja mais consistente.

Para acompanhar essas tendências, o setor continua atento às movimentações do mercado de trabalho e às políticas econômicas que possam influenciar o poder de compra das famílias brasileiras.

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