Brasil, 15 de outubro de 2025
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Gleisi Hoffmann fala sobre articulação política e reeleição de Lula

Ministra das Relações Institucionais detalha estratégias do governo para 2026 e criticou a taxa de juros do Banco Central.

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, se posicionou em relação ao apoio à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando que este tema será central nas negociações com os deputados. Durante uma entrevista, ela mencionou mudanças estratégicas que o governo pretende implementar, como demissões de indicações feitas por parlamentares que votaram contra a Medida Provisória alternativa ao IOF.

A articulação política e a reeleição de Lula

Gleisi Hoffmann comunicou que o governo deve buscar maior apoio dos deputados que se comprometerem a votar a favor das pautas do governo. “Temos uma base maior planejada, e aqueles que votaram contra a Medida Provisória, que era de interesse nacional, não podem permanecer”, disse a ministra, indicando uma postura firme e decisiva em relação à articulação política.

A ministra também abordou a necessidade de os deputados que continuarem no governo precisarem assumir o compromisso de apoiar a reeleição de Lula em 2026. “Óbvio que seria correto e natural ter um compromisso com o presidente, já que está participando do governo”, afirmou. Essa própria reestruturação é uma resposta às recentes derrotas políticas, como a derrubada da Medida Provisória sobre o IOF pelo Congresso.

A relação com o Congresso e a crítica à taxa de juros

Gleisi Hoffmann aproveitou a oportunidade para criticar a taxa de juros de 15% mantida pelo Banco Central, comandado por Gabriel Galípolo. “Esperávamos que o Banco Central agisse de outra forma. A inflação está caindo, o dólar está baixo e temos plenas condições de fazer a redução [dos juros]”, destacou, sublinhando que a atual taxa não reflete a realidade econômica do país.

Movimentações no cenário político

A ministra também comentou sobre a possibilidade de reajuste na composição de apoio a Lula em 2026, afirmando que há espaços para coligações com partidos que não estavam com o presidente em 2022, como o MDB e o PSD. “Penso que isso vai se repetir. Vamos trabalhar o máximo que pudermos para trazer o partido por inteiro”, disse Gleisi.

Sobre a resistência de alguns partidos, ela expressou seu descontentamento com a atuação do PSD e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que, segundo ela, atuou para barrar a Medida Provisória. “A postura do Tarcísio tem sido lamentável. Ele deveria se preocupar com São Paulo”, afirmou Gleisi, criticando a interferência do governador em questões federais.

Desafios para a próxima eleição

Um dos pontos que ainda não estão claros é como o governo pretende construir os palanques eleitorais nos dois maiores estados do Brasil, São Paulo e Minas Gerais. Gleisi mencionou que o presidente Lula está em discussões com líderes locais para definir essas candidaturas, ressaltando a importância de ter palanques competitivos.

Levantando a questão do apoio contínuo no Congresso, Gleisi lembrou que “só tem um jeito de ter uma relação fluída com o Congresso: ter uma maioria do seu campo político.” A ministra enfatizou que, apesar das dificuldades, o governo tem conseguido aprovar matérias importantes, como a isenção do Imposto de Renda e a desoneração de tarifas de energia elétrica.

Com um ano até as próximas eleições, a articulação e mobilização política se tornam cruciais para garantir o apoio necessário ao governo e ao projeto de reeleição de Lula. A estratégia de demitir aqueles que não estão alinhados com as decisões governamentais reflete a urgência em reforçar a base de apoio, preparando um terreno mais favorável para eventos futuros e a próxima eleição.

O cenário político continua repleto de desafios e incertezas, mas com uma gestão ativa e decisões claras, o governo busca se fortalecer e garantir um caminho mais tranquilo rumo à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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