Na última terça-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez declarações polêmicas sobre a possibilidade de transferir os jogos da Copa do Mundo de 2026, caso as condições de segurança não fossem adequadas. Em suas declarações, Trump ressaltou que o chefe da FIFA, Gianni Infantino, estaria disposto a apoiar essa mudança. Estas declarações foram feitas durante uma coletiva de imprensa na Casa Branca, onde Trump foi questionado sobre a possibilidade de jogos, especificamente em Boston, serem deslocados devido a preocupações com a segurança pública.
Possíveis transferências devido à segurança pública
Trump não hesitou ao afirmar: “Se alguém estiver fazendo um trabalho ruim e eu achar que há condições inseguras, eu ligaria para Gianni, o chefe da FIFA, que é fenomenal, e diria: vamos mudar para outro local. E ele faria isso”. A fala do presidente ecoa uma postura mais ampla do seu governo em relação ao manejo de segurança em áreas urbanas, especialmente aquelas governadas por democratas, que têm sido foco de críticas em seus discursos.
A possibilidade de transferências não se limita apenas à Copa do Mundo. Trump sugeriu que, caso se identificassem condições inseguras suficientes, até mesmo os Jogos Olímpicos de Los Angeles em 2028 poderiam ser remanejados. “Eu poderia dizer o mesmo sobre as Olimpíadas. Se eu achasse que Los Angeles não estaria preparada adequadamente, eu a mudaria para outro local”, declarou Trump.
Contexto das declarações
As declarações de Trump surgem após um encontro que teve com Infantino no Egito, onde discutiram a paz no Oriente Médio em uma cúpula sobre o cessar-fogo em Gaza. O presidente dos EUA tem enfatizado a importância da segurança nas cidades que sediarão grandes eventos, refletindo sua política de segurança interna ao longo de sua administração. Recentemente, ele enviou tropas da Guarda Nacional para combater o crime em cidades americanas com liderança democrática, gerando controvérsias e protestos.
Cidades-sede e o futuro da Copa do Mundo
Para a Copa do Mundo de 2026, Boston está programada para sediar sete jogos, enquanto cidades como São Francisco e Seattle serão sede de seis partidas cada. Los Angeles, por sua vez, terá oito jogos. O evento contará com 48 seleções, ampliando significativamente o número de participantes em comparação aos torneios anteriores. Este Mundial será uma coprodução entre os EUA, Canadá e México, com os Estados Unidos sendo o país-sede da maioria dos jogos.
As declarações de Trump sobre segurança se tornam ainda mais relevantes à medida que o torneio se aproxima, considerando as análises e os desafios de segurança que eventos desse porte geralmente enfrentam. Anteriormente, Trump já se autoproclamou presidente de uma força-tarefa da Casa Branca focada na Copa do Mundo, sinalizando sua intenção de vigiar de perto a logística do evento.
Repercussão das declarações
As declarações de Trump não apenas geraram um clima de incerteza em relação ao evento, mas também levantaram questões sobre a implementação da segurança em grandes eventos esportivos nas terras americanas. Até agora, a FIFA não se posicionou oficialmente sobre a possibilidade de transferências, mantendo que a decisão sobre as sedes caberia à entidade máxima do futebol mundial.
Enquanto o debate prossegue, a situação política nos EUA e a segurança em áreas hostis permanecem em destacada atenção. A interação entre eventos esportivos globais e a política interna dos EUA se mostra cada vez mais intrincada, refletindo uma dinâmica onde a segurança é um tema central.
Em um futuro próximo, a discussão sobre a organização e a segurança da Copa do Mundo de 2026 deve se intensificar, e o mundo do futebol aguarda ansiosamente por resoluções, especialmente diante de um cenário já tumultuado de críticas e controvérsias.