Uma mulher de 24 anos, identificada como Alexsandra Feliciano Borges Flor, foi presa nesta terça-feira (14) em Sobradinho II, Brasília, após ser investigada por aplicar golpes em pessoas com deficiência e até mesmo em sua própria avó de 85 anos. A detenção ocorreu em sua residência, onde a polícia também apreendeu diversos objetos, incluindo um celular, uma TV e um aparelho de som.
Falsas promessas e golpes financeiros
De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), Alexsandra utilizava falsas identidades, como “Rayane” e “Bianca”, para se passar por professora de instituições voltadas para pessoas com deficiência, como a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). Inicialmente, ela conquistava a confiança das vítimas, fazendo promessas de amor ou emprego, para então aplicar golpes financeiros.
Assim que recebia os valores prometidos, Alexsandra desaparecia, deixando as vítimas em situações financeiras precárias e com dívidas que muitas vezes não conseguiam pagar. As investigações apontam que mais de 20 pessoas já foram identificadas como vítimas, e a polícia acredita que esse número pode aumentar conforme mais pessoas decidam se apresentar.
Violência patrimonial contra a avó
Além dos crimes de estelionato, Alexsandra também é acusada de violência patrimonial contra sua própria avó. A Lei Maria da Penha, que visa proteger mulheres em situações de violência, também abrande atos de violência patrimonial, que incluem a subtração e destruição de bens, documentos pessoais e recursos econômicos da vítima.
A investigação revelou que Alexsandra não hesitou em utilizar sua relação familiar para cometer tais atos de violência, aproveitando-se da vulnerabilidade de sua avó. Esta situação levantou um alerta sobre a necessidade de proteção das pessoas idosas, que muitas vezes são alvo de abusos por parte de familiares.
Ação da Polícia Civil e orientações
Com a captura de Alexsandra, a Polícia Civil do DF está intensificando esforços para localizar outras possíveis vítimas desse esquema de golpes. A delegacia especializada em repressão a crimes de discriminação (DECRIN) está à disposição para receber denúncias e orientações de quem possa ter sido prejudicado por suas ações.
Os crimes cometidos por Alexsandra, se comprovados, podem levar a penas que somam até 25 anos de reclusão, abrangendo delitos como estelionato, apropriação de proventos de pessoa idosa ou com deficiência, e exposição de idosos ao perigo.
Importance of reporting
A participação da comunidade na denúncia desses crimes é essencial para que a justiça possa ser feita e outras vítimas possam ser protegidas. A Polícia Civil orienta que, caso alguém tenha sido lesado por Alexsandra ou tenha informações sobre o caso, entre em contato com as autoridades competentes.
A ocorrência levanta um debate importante sobre os crimes realizados contra pessoas com deficiência e os idosos, grupos que frequentemente são alvos de fraudes e abusos. É fundamental que a sociedade se mobilize para garantir que essas pessoas tenham suas vozes ouvidas e recebam a proteção necessária.
Enquanto as investigações continuam, a situação de Alexsandra serve como um alerta sobre a vulnerabilidade de certas populações e a necessidade de um olhar atento e de ações preventivas para combater a discriminação e os abusos.
O caso segue sendo acompanhado de perto pela Polícia Civil, que promete uma ação rigorosa contra os crimes e pela proteção das vítimas.
Para mais informações sobre a situação, recomendações e notícias sobre o DF, você pode acessar o site do g1 DF.