Brasil, 15 de outubro de 2025
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Deputado Gilvan da Federal tenta se explicar sobre ofensas a Gleisi Hoffmann

Deputado é acusado de quebra de decoro após usar apelido ofensivo em sessão da Câmara

O deputado Gilvan da Federal (PL-ES) se apresentou nesta terça-feira no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados para explicar suas declarações polêmicas sobre a ministra Gleisi Hoffmann. O parlamentar admitiu ter chamado a petista pelo apelido “Amante”, que aparece em uma planilha de pagamentos da Odebrecht, mas negou qualquer intenção de ofendê-la. O episódio acende um debate sobre a conduta de parlamentares e a ética nas relações políticas.

Os fatos que levaram à comissão de ética

O processo contra Gilvan da Federal apura uma possível quebra de decoro parlamentar por declarações consideradas ofensivas à ministra Gleisi Hoffmann, do PT. Durante uma sessão da Câmara, o deputado se referiu a ela como “Amante”, terminologia que gera controvérsia por seu histórico na política brasileira e sua associação com denúncias de corrupção.

Defesa do deputado e contradições

Em sua defesa, Gilvan alegou que o apelido não foi uma criação sua, mas sim atribuição feita por empresários da Odebrecht. “Fui suspenso três vezes, de forma cautelar, por conta da comissão de segurança. Amante, em primeiro lugar, não é uma qualificação boa, mas quem colocou o apelido foram os empresários da Odebrecht. Em momento algum me referi à deputada e hoje ministra Gleisi Hoffmann,” afirmou Gilvan, contradizendo o conteúdo das suas próprias declarações na mesma sessão.

Ele também mencionou que a ministra não deveria se sentir ofendida, uma vez que nunca admitiu formalmente o uso do codinome “Amante”. A contradição entre as suas palavras tem gerado críticas e levantado questões sobre a credibilidade do deputado perante suas alegações de inocência.

A repercussão do caso na política

A situação de Gilvan da Federal reflete um cenário complexo dentro da política brasileira, onde as relações entre os parlamentares são frequentemente marcadas por acusações e ofensivas pessoais. O deputado, ligado à base bolsonarista, argumenta que sua fala está protegida pela imunidade parlamentar e declara ser alvo de perseguição política.

Expectativas quanto ao parecer do Conselho de Ética

O Conselho de Ética da Câmara analisa atualmente a possibilidade de cassação do mandato de Gilvan, com previsão de que o parecer final seja votado até o final deste mês. A tensão em torno do caso é palpável, visto que representa um momento crítico para a ética na política brasileira e a linha entre liberdade de expressão e responsabilidade nas falas de representantes do povo.

Outros casos em pauta no Conselho de Ética

Além do caso de Gilvan, outros processos também estão em andamento no Conselho de Ética. O deputado André Janones (Avante-MG) está sob investigação por suspeitas de “rachadinha” em seu gabinete, mas sua votação foi adiada. Da mesma forma, o processo contra Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também enfrenta atrasos, resultando em um ambiente de incerteza para diversos congressistas.

Esses casos revelam um padrão de desafios enfrentados pelo Conselho de Ética, que tem se mostrado sobrecarregado com as vinte representações atualmente em tramitação, refletindo a turbulenta atmosfera política do país.

Considerações finais sobre a ética parlamentar

O caso de Gilvan da Federal é um lembrete importante sobre a responsabilidade que os parlamentares têm em suas declarações. A forma como seus discursos afetam a imagem pública e a dinâmica política é fundamental para manter a integridade das instituições. Os desfechos das investigações no Conselho de Ética podem estabelecer precedentes para a forma como a ética é abordada no Congresso Nacional, incentivando uma reflexão mais profunda sobre a necessidade de um diálogo político respeitoso e construtivo.

Enquanto isso, a denominação que originou a controvérsia permanece como um assunto de forte interpretação e análise pelos eleitores, destacando assim a importância do nível de discurso que se espera de nossos representantes.

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