O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (14) que a segunda fase do cessar-fogo em Gaza já está em andamento, após negociações diplomáticas envolvendo diversos atores internacionais. A medida ocorre em meio a tensões na região e busca estabelecer uma trégua duradoura, promovendo estabilidade para os países do Oriente Médio e influenciando o mercado global.
Contexto do cessar-fogo em Gaza e repercussões internacionais
O anúncio foi feito após um período de intensas negociações entre representantes da Palestina, Israel, EUA e países árabes, com o objetivo de reduzir os confrontos e evitar uma escalada no conflito. Segundo fontes diplomáticas, a ação inclui uma série de acordos humanitários e garantias de segurança para ambos os lados, além de avanços na liberação de prisioneiros palestinos por parte de Israel.
“A segunda fase do cessar-fogo começou oficialmente hoje. Estamos trabalhando para garantir que essa trégua seja sustentável e beneficie toda a região”, afirmou Trump em um evento na Casa Branca. O anúncio também ocorreu enquanto o presidente dos EUA reforçava sua postura de fortalecimento diplomático na fronteira do conflito.
Repercussões no mercado financeiro e na política
O cenário internacional, especialmente a condição de estabilidade no Oriente Médio, influencia diretamente os mercados globais. Com o início da nova fase, o dólar apresentou estabilidade nesta manhã, enquanto o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, abriu em alta às 10h, refletindo otimismo de investidores com a tranquilização na região.
Nos Estados Unidos, o mercado acompanha com atenção as declarações de dirigentes do Federal Reserve, que se pronunciam sobre as perspectivas de política monetária. Michelle Bowman e Jerome Powell tiveram discursos que indicam cautela, mas também sinais de que o cenário econômico americano apresenta sinais de recuperação.
Diálogo diplomático e expectativas futuras
Além do avanço em Gaza, o encontro entre Trump e o presidente argentino Javier Milei, que ocorreu em Washington, reforçou a pauta de cooperação econômica e comércio bilateral. O foco na defesa de uma relação mais próxima entre os países promete impulsionar negociações de acordos comerciais e de swap cambial, com a possibilidade de um contrato de US$ 20 bilhões.
O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, destacou que “há uma desescalada significativa na situação, com múltiplas reuniões previstas na pauta da semana entre Washington, Pequim e outras capitais”, sinalizando uma possível redução nas tensões comerciais com a China.
Mercado e economia diante do cenário internacional
O impacto do acordo de Gaza, combinado com as declarações das autoridades econômicas, reflete na estabilidade do dólar, que nesta manhã acumulou uma ligeira queda de 0,75% na semana, enquanto o Ibovespa registra alta de 0,78%. As projeções de inflação para 2025 foram revisadas para baixo pelo Banco Central, indicando uma inflação oficial de 4,72%, acima do teto da meta, mas com sinais de controle.
“A expectativa para a taxa Selic permanece em 15% ao fim de 2025, demonstrando uma continuidade na política de juros adotada pelo Banco Central”, aponta o Boletim Focus divulgado nesta semana. O crescimento do PIB nacional continua estimado em 2,16% para o próximo ano, reforçando a estabilidade das projeções econômicas do Brasil.
Analistas avaliam positivamente o impacto do cessar-fogo na região, destacando que “uma resolução duradoura pode contribuir para a retomada de investimentos internacionais e fortalecer a posição do Brasil no mercado global”.
