Brasil, 14 de outubro de 2025
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Governo amplia demissões de aliados que votaram contra a MP do IOF

O governo federal demite aliados políticos após a rejeição da Medida Provisória do IOF, reafirmando sua posição no Congresso.

Nessa segunda-feira (13/10), o governo federal tomou uma medida enérgica ao ampliar a lista de demissões de indicados políticos que estiveram diretamente implicados na derrota da Medida Provisória (MP) do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A decisão segue a rejeição da MP pela Câmara dos Deputados, ocorrida na última quarta-feira (8/10), e sinaliza um movimento estratégico do governo para reafirmar sua autoridade legislativa e minimizar a influência da oposição dentro das próprias fileiras aliadas.

Exonerações no contexto político

As demissões incluem figuras ligadas, principalmente, ao Partido Progressista (PP) do senador Ciro Nogueira, e ao Partido Social Democrático (PSD) de Gilberto Kassab. Esses partidos, identificados como protagonistas do bloqueio à MP, têm sido alvo de críticas internas por ministros próximos ao presidente Lula. De acordo com informações da Metrópoles, Kassab teria oferecido 35 votos favoráveis ao seu partido, resultando em uma mobilização contrária ao governo.

A lista de demitidos inclui servidores da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), mostrando que a análise não se restringe a uma única área do governo, mas se estende a diversas pastas estratégicas.

Impacto da Medida Provisória

A MP do IOF tinha como objetivo apresentar uma solução para a manutenção do equilíbrio fiscal do governo até 2026. Contudo, sua retirada de pauta fragilizou esse compromisso fiscal e elevou as tensões entre a gestão e seus parlamentares. A base do governo percebe as demissões como uma resposta direta aos votantes que se afastaram do posicionamento do Palácio do Planalto.

Reações e consequências

As exonerações refletem uma estratégia de reforço da autoridade do governo, que em dias anteriores já havia promovido mudanças significativas nas estruturas da Caixa Econômica Federal, do Ministério da Agricultura e do DNIT. A Metrópoles destacou anteriormente que, na sexta-feira (10/8), outras demissões já haviam sido realizadas, principalmente em instituições ligadas ao Centrão, incluindo a saída de José Trabulo Júnior, que estava no cargo de consultor na presidência da Caixa.

Além disso, Paulo Rodrigo de Lemos, vinculado ao PL, também foi afastado de seu cargo na vice-presidência de Sustentabilidade e Cidadania Digital da Caixa Econômica. Este movimento pode ser interpretado como um esforço do governo em controlar o acesso e a influência de parlamentares que não estão alinhados com a agenda governamental.

Uma nova fase nas relações políticas

A Secretaria de Relações Institucionais, sob a liderança da ministra Gleisi Hoffmann, está atualmente catalogando nomeações associadas a deputados que votaram contra a MP do IOF. Em recente entrevista, Gleisi mencionou que esse é o início de uma reorganização essencial da base aliada no Congresso Nacional, que envolve não apenas cortes de cargos, mas também uma reavaliação da parceria com os partidos do Centrão.

O cenário político brasileiro, marcado por articulações e renegociações constantes, agora se verifique uma nova fase onde a relação entre o governo e seus aliados será testada. A resistência de parlamentares e poderosos líderes partidários, como Kassab e Nogueira, apresenta um desafio significativo para a atual administração, que busca manter a coesão entre sua base para garantir a aprovação de futuras legislações cruciais.

Assim, o governo Lula, enfrentando esses novos desafios, precisa encontrar um equilíbrio entre manter a aliança com o Centrão e reafirmar sua posição no cenário político, visando garantir um futuro mais estável em termos de governabilidade e legislações efetivas. O desenrolar dessas demissões e as reações dentro do Congresso serão determinantes para os próximos passos da administração.

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