A Gol Linhas Aéreas confirmou, nesta segunda-feira (13), o plano de deslistar suas ações na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), deixando de ser uma companhia de capital aberto no Brasil. A medida faz parte de um processo de reestruturação que busca simplificar a estrutura operacional e reduzir custos, segundo comunicou a empresa em fato relevante.
Participação de acionistas e votação
Um comitê independente, composto apenas por conselheiros independentes, foi criado para negociar os termos da incorporação da operação da companhia de capital fechado Gol Linhas Aéreas (GLA). A proposta, aprovada pelo Conselho de Administração, será submetida à assembleia geral, marcada para o dia 4 de novembro. Os investidores terão a opção de manter ou sair da Gol, que passará a ser uma entidade privada controlada pela Abra.
Detalhes da operação e objetivo
Se aprovada, a incorporação resultará na saída da Gol do nível 2 da B3, tornando-se uma empresa de capital fechado. Nesse cenário, a Azul será a única companhia aérea com ações negociadas no mercado brasileiro, já que a Latam mantém suas ações listadas no Chile. A operação ainda depende de aprovações regulatórias e societárias para sua efetivação.
Controle e reestruturação
Hoje, a Gol é controlada pela Abra, que também gerencia a Avianca Colômbia. Após a recuperação judicial, o grupo elevou sua participação na Gol de aproximadamente 50% para 80%. Segundo a empresa, a incorporação visa reorganizar as operações, buscar sinergias e reduzir custos, aprimorando a eficiência do grupo.
Estrutura da incorporação e impacto no mercado
A operação prevê que a Gol incorpore toda sua operação na GLA, que será uma companhia de capital fechado. Em troca, cada acionista da Gol receberá uma ação ordinária da GLA, enquanto quem possuir ações preferenciais terá direito a 35 novas ações da GLA, após a finalização do negócio. O movimento ocorre duas semanas após a confirmação do fim das negociações de fusão com a Azul, além do encerramento do compartilhamento de voos entre as duas empresas.
Reação do mercado e perspectivas
O mercado reagiu positivamente ao anúncio, uma vez que a fusão entre Gol e Azul apresentava riscos regulatórios e preocupações sobre um possível duopólio no mercado de aviação doméstica. A saída da Gol do capital aberto reforça as estratégias de reestruturação do setor, buscando maior agilidade e foco operacional.
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