Brasil, 14 de outubro de 2025
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Campinas registra aumento alarmante de feminicídios desde 2015

A região de Campinas contabiliza 133 vítimas de feminicídio desde 2015, refletindo preocupantes dados de violência contra a mulher em SP.

A violência contra a mulher é uma questão alarmante no Brasil e, particularmente, na região de Campinas, que desde 2015, quando o feminicídio foi tipificado no código penal, registra um total de 133 vítimas. Os dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo revelam que, até o momento, pelo menos uma cidade das 31 que compõem a área de cobertura do g1 Campinas teve registro de feminicídio. Campinas lidera as estatísticas, seguida de perto por outras cidades da região.

Estatísticas preocupantes de feminicídio em Campinas

De acordo com as informações coletadas, Campinas acumula 65 registros de feminicídio, fazendo da cidade a que mais sofreu com esse tipo de crime na região. Confira a lista das cidades com o maior número de casos:

  • Campinas: 65
  • Sumaré: 11
  • Hortolândia: 9
  • Americana: 7
  • Mogi Mirim: 7
  • Indaiatuba: 6
  • Mogi Guaçu: 5
  • Paulínia: 5
  • Águas de Lindoia: 2
  • Artur Nogueira: 2
  • Itapira: 2
  • Pinhalzinho: 2
  • Serra Negra: 2
  • Socorro: 2
  • Amparo: 1
  • Espírito Santo do Pinhal: 1
  • Holambra: 1
  • Jaguariúna: 1
  • Pedra Bela: 1
  • Pedreira: 1

Além disso, um levantamento do Instituto Sou da Paz, utilizando a base de dados da SSP, destaca que a violência contra a mulher cresceu em todo o Estado de São Paulo. Durante os primeiros oito meses de 2025, foram registradas 168 vítimas de feminicídio, configurando este ano como o mais letal desde a tipificação do crime.

Aumento da violência no estado de São Paulo

Dentro da área de competência do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior 2 (Deinter-2), que tem sede em Campinas e abrange outros 37 municípios, foram contabilizados 13 casos no mesmo período, um aumento de 18% em comparação com o ano anterior, que registrou 11 casos.

Esses dados não apenas mostram uma tendência preocupante, mas levantam questionamentos sobre as políticas públicas de combate à violência contra a mulher no estado. Malu Pinheiro, pesquisadora do Instituto Sou da Paz, ressalta que “é o segundo ano da gestão Tarcísio de Freitas em que há um congelamento no orçamento previsto para a execução de programas como ‘Enfrentamento à Violência contra a Mulher’”. Essa redução de recursos pode estar diretamente relacionada ao aumento dos casos.

Aspectos sobre o perfil das vítimas e dos crimes

O estudo também revela que, em São Paulo, 53% das vítimas de feminicídio são brancas, enquanto 43% são negras. Ademais, 66% dos feminicídios ocorreram em residências, e 25% em vias públicas. Sobre as armas utilizadas, 51% dos crimes envolveram objetos cortantes ou penetrantes, e em 15% dos casos houve uso de arma de fogo.

Essas estatísticas ressaltam a urgência de uma mobilização social e política eficaz para combater essa forma extrema de violência. É fundamental que as autoridades e a sociedade civil trabalhem juntos para garantir a proteção das mulheres e a implementação de políticas que efetivamente abordem a questão do feminicídio.

O que pode ser feito?

A sociedade civil, em conjunto com autoridades locais, deve pressionar por medidas mais eficientes e pelo incremento de orçamento para projetos que visem o combate à violência contra a mulher. A educação e a conscientização também desempenham papéis cruciais nesse contexto, incentivando a igualdade de gênero e o respeito às mulheres.

É vital que as denúncias de violência sejam incentivadas e que as vítimas possam encontrar apoio em estruturas seguras e confiáveis. Enquanto isso, a população deve permanecer informada sobre os dados e as medidas que estão sendo adotadas para enfrentar essa questão que, lamentavelmente, continua a crescer em todo o estado.

Para mais informações e atualizações sobre a situação em Campinas e em toda a região, siga o g1 Campinas no Instagram e mantenha-se informado sobre este tema tão relevante para a sociedade.

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