Brasil, 14 de outubro de 2025
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Ministério Público pede suspensão das vendas da WePink, de Virginia Fonseca

Justiça investiga práticas abusivas da marca de cosméticos WePink, gerida por Virginia Fonseca, após denúncias de consumidores.

Recentemente, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) tomou uma medida drástica ao solicitar à Justiça a suspensão das vendas da WePink, a marca de cosméticos da influenciadora Virginia Fonseca. O pedido foi feito com urgência devido a denúncias de práticas abusivas relacionadas à empresa, que despertaram a atenção das autoridades. Até o momento, Virginia não se manifestou sobre os acontecimentos.

Um mar de reclamações

De acordo com informações veiculadas pelo programa Bom Dia Goiás, da TV Globo, o MP-GO também pede a implementação de medidas emergenciais que garantam a proteção dos consumidores. Somente em 2025, a WePink recebeu mais de 90 mil reclamações no site de reputação Reclame Aqui e quase 340 registros oficiais no Procon entre 2024 e 2025.

As investigações revelam falhas significativas no atendimento e na entrega dos produtos. Entre as queixas estão a exclusão de críticas feitas por clientes nas redes sociais, atrasos que podem chegar a sete meses, envio de itens diferentes ou com defeito, falta de reembolsos e a ausência de respostas às reclamações. Essas situações comprometem a satisfação do consumidor e levantam sérias questões éticas sobre a condução do negócio.

Medidas exigidas pelo MP-GO

Além de solicitar a suspensão das vendas por meio de transmissões ao vivo, o MP-GO requer que a WePink crie um canal de atendimento com uma equipe humana, estabelecendo um prazo máximo de 24 horas para retomar o contato com os consumidores. O órgão também pede que a empresa garanta o reembolso em até sete dias e siga com a entrega dos pedidos pendentes. Caso as exigências não sejam cumpridas, uma multa diária de R$ 1 mil poderá ser aplicada.

Outra demanda do MP-GO é uma indenização coletiva de R$ 5 milhões por danos morais, que poderá ser transformada em reparações individuais para os consumidores afetados. O órgão justifica o pedido ao afirmar que a imagem de Virginia Fonseca acentua a vulnerabilidade dos clientes, em particular dos mais jovens, que se sentem atraídos pela confiança depositada na influenciadora.

Publicidades e promessas não cumpridas

O promotor Élvio Vicente da Silva, responsável pela 70ª Promotoria de Justiça, declarou que existem indícios de publicidade enganosa por parte da WePink. Em uma transmissão ao vivo, os próprios sócios da marca admitem ter vendido produtos sem contar com um estoque suficiente para atender à demanda.

Durante uma live, o sócio Thiago Stabile revelou: “A gente tinha 200 mil faturamentos por mês. A gente saltou de 200 mil faturamentos por mês para 400 mil faturamentos por mês.” No entanto, ele também reconheceu as falhas, afirmando que “de fato, tivemos um problema de abastecimento, porque a gente cresceu muito rápido.”

A situação ficou mais grave quando Stabile confessou que a empresa continuou vendendo mesmo ciente de que não conseguiria cumprir com o prazo de entrega prometido de 14 dias úteis. Para o MP, esse comportamento caracteriza má-fé contratual e contrariedade ao Código de Defesa do Consumidor.

Experiências negativas dos consumidores

Clientes têm apoiado suas reclamações com provas documentais, como prints e vídeos que destacam experiências negativas com a marca. Muitos relatam que não receberam os produtos adquiridos, tampouco os estornos prometidos após longos períodos de espera. Essa série de incidentes reforça a necessidade da intervenção do MP e levanta questões sobre a responsabilidade social dos influenciadores digitais ao promoverem produtos.

Com o panorama atual, a situação da WePink e de Virginia Fonseca está longe de se resolver. O caso revela a importância do equilíbrio entre o sucesso comercial e a ética nas práticas de compra. Como influenciadora e empresária, Virginia deve agora enfrentar o desafio de reconquistar a confiança de seus consumidores, uma tarefa que pode ser tão desafiadora quanto o crescimento de seu empreendimento.

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