Brasil, 13 de outubro de 2025
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PL tenta suspender decreto que amplia acesso de Janja à Presidência

O projeto de Sóstenes Cavalcante visa derrubar medida que beneficía a primeira-dama, suscitando debates sobre a função dela no governo.

Recentemente, o líder do Partido Liberal (PL) na Câmara, Sóstenes Cavalcante, apresentou um projeto de decreto legislativo com o objetivo de derrubar um trecho de uma medida adotada pelo governo Lula que amplia o acesso da primeira-dama, Janja da Silva, aos serviços do Gabinete Pessoal da Presidência da República. Essa iniciativa gerou uma onda de discussões sobre o papel da primeira-dama e os limites de sua atuação dentro da administração pública.

Objetivo do projeto de decreto

De acordo com Sóstenes, o intuito do decreto que propõe alteração na estrutura da Presidência seria “promover a imagem” de Janja junto ao “eleitorado da esquerda”. O líder do PL argumenta que a primeira-dama “não concorreu a qualquer cargo e, muito menos, foi eleita ou autorizada pela Constituição Federal ou por qualquer lei em sentido estrito a ter verba, funcionários públicos à sua disposição e, o pior, representar o chefe do Executivo em atividades de caráter cultural, social ou cerimonial”.

Acesso a serviços da Presidência

O Gabinete Pessoal da Presidência, ao qual Janja passou a ter acesso desde a publicação do decreto em agosto, realiza diversos serviços, incluindo a organização de agendas oficiais, cerimoniais e formulação de pronunciamentos. Essa mudança levantou questionamentos sobre a necessidade de tal suporte à primeira-dama, especialmente por ela não ocupar um cargo público formal.

Histórico da primeira-dama

Desde que Lula assumiu a Presidência, Janja conta com uma estrutura de assessores, mesmo sem uma posição oficial. Na tentativa de justificar sua demanda por um gabinete, Janja já expressou publicamente que considera a necessidade de uma estrutura similar à da primeira-dama dos Estados Unidos. Em uma entrevista ao GLOBO, realizada em 2023, ela afirmou:

— A primeira-dama dos Estados Unidos tem um gabinete oficial. Ela tem agenda, tem protagonismo e ninguém questiona isso. Por que o Brasil questiona? Por que aqui tudo parece mais difícil?

Controvérsias e debates públicos

A proposta de Sóstenes Cavalcante gerou uma divisão de opiniões entre os membros do congresso, sendo vista como uma tentativa de deslegitimar a figura da primeira-dama em um momento de intensos debates sobre o papel dela dentro do governo. Os opositores do projeto argumentam que a atuação de Janja não apenas agrega valor, mas também representa um novo formato de envolvimento no serviço público, especialmente no que se refere a questões sociais e culturais.

A controvérsia se intensifica em um cenário político já polarizado, onde cada passo do governo é amplamente debatido e discutido nas redes sociais e na imprensa. A iniciativa do PL se une a outras críticas direcionadas ao governo, que sempre buscam enfraquecer suas políticas e ações, colocando em evidência uma transformação que ainda gera incerteza entre a população.

Implicações políticas

O desdobramento da proposta de Sóstenes Cavalcante poderá gerar consequências significativas, tanto para a atual administração quanto para a imagem de Janja. Isso poderá resultar em novas discussões sobre o papel da primeira-dama e dos gastos públicos que envolvem sua atuação. A expectativa está em saber como o presidente Lula e seus aliados responderão a essa pressão política e qual será o futuro da proposta apresentada na Câmara.

Com os debates em torno da proposta do PL, fica claro que o papel da primeira-dama está longe de ser um mero acessório na política brasileira e que a importância de sua atuação pode ser motivo de intensos debates e divisões, refletindo a dinâmica complexa do cenário político atual.

O que acontecerá nas próximas semanas diante dessa proposta ainda é incerto, mas o assunto certamente continuará a ser uma pauta importante na política brasileira.

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