Durante entrevista ao programa Trading Secrets na última segunda-feira, Kaitlan Collins, correspondente chefe da CNN, revelou uma história inédita envolvendo a assessora da Casa Branca, Karoline Leavitt. Segundo Collins, Leavitt foi fundamental para que ela mantivesse acesso à cúpula presidencial em uma viagem ao País, em maio passado.
O episódio durante visita à Arábia Saudita
Collins contou que, enquanto participava do grupo de imprensa que acompanhava o então presidente Donald Trump na visita oficial ao país, ela se aproximou de Trump após ele acenar para ela. Na sequência, perguntou ao líder americano como tinha sido a reunião, o que não é comum, pois o protocolo geralmente impede repórteres de questionar líderes estrangeiros de forma direta.
De acordo com a jornalista, a situação se complicou quando os guardas reais da Arábia Saudita ameaçaram barrá-la de próximos eventos, demonstrando irritação pela questão feita a Trump. Collins afirmou que tentou convencer os Guardas Reais de que sua entrada era essencial, reforçando que o acesso à imprensa é prioridade para ela.
“A equipe de Karoline Leavitt, que estava presente, interviu e garantiu que eu pudesse seguir no evento com o resto da imprensa dos Estados Unidos”, relatou Collins. “Ela foi a pessoa que salvou minha participação, apesar das tensões internas, porque, para mim, acesso à imprensa é fundamental”, completou.
Contexto e atuação de Karoline Leavitt na Casa Branca
Karoline Leavitt, conhecida por sua postura firme na relação com a mídia, tem sido alvo de críticas por setores aliados ao ex-presidente Donald Trump. Ela desempenhou papel central na decisão da administração de limitar o acesso a plataformas de notícias consideradas desfavoráveis ao governo, como o HuffPost, que foi excluído temporariamente da pool de imprensa em fevereiro passado.
Embora tenha ajudado Collins fora da sala de imprensa, suas relações com a jornalista muitas vezes foram tensas dentro do círculo de cobertura presidencial. Recentemente, houve atritos por questões relacionadas às operações militares em cidades de perfil azul e pela exclusão do Associated Press de alguns eventos, que Leavitt justificou como parte de uma decisão da Casa Branca de restringir o acesso a veículos considerados “não alinhados” ao governo.
Percepções e confrontos dentro da imprensa
Na entrevista, Collins também relembrou momentos de confronto com Leavitt, como uma troca acalorada este ano sobre a decisão de proibir o AP de participar de eventos. Collins criticou a atitude, enquanto Leavitt afirmou que a medida fazia parte de uma estratégia para controle da narrativa oficial.
Apesar das diferenças, a narrativa de Collins revela um lado mais humano de Leavitt, que, mesmo com uma postura rígida, conseguiu ajudar a repórter em uma situação delicada no cenário internacional. O episódio reforça o papel complexo que figuras como Leavitt desempenham na interação entre imprensa e governo na atual administração.
Perspectivas futuras
O episódio relatado por Collins evidencia os desafios que jornalistas enfrentam ao cobrir a Casa Branca e as nuances do relacionamento com assessores que controlam o acesso à informação. A história demonstra a importância de aliados dentro do aparato de comunicação oficial para garantir uma cobertura jornalística mais ampla e isenta.
Para saber mais sobre a atuação de Leavitt na Casa Branca, acompanhe as análises do setor de imprensa e os próximos capítulos dessa rotina de enfrentamentos e alianças difíceis no cenário político americano.


