Brasil, 13 de outubro de 2025
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Bolsonaristas celebram nota da CBP que contradiz ministro Moraes

Bolsonaristas e trumpistas comemoram nota da Alfândega dos EUA que nega evidências da viagem de Filipe Martins; reações fervorosas nas redes sociais.

No cenário político brasileiro, a nota da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos (CBP) gerou alvoroço, especialmente entre apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. A CBP afirmou não haver evidências de que Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro, tenha ingressado nos EUA em 30 de dezembro de 2022, contradizendo afirmações do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. As reações nas redes sociais, em meio a grupos bolsonaristas e trumpistas, foram em sua maioria de celebração e radicalização contra Moraes.

Entendendo a Nota da CBP

A nota da CBP realizava uma revisão completa dos dados em resposta a alegações que colocavam Martins em viagem aos EUA, ressaltando que o uso desse registro, considerado “errôneo”, foi utilizado como justificativa para sua prisão. O órgão informou que a inclusão desse dado nas bases de informações oficiais ainda está sob investigação e que ações serão tomadas para evitar futuros erros.

Para Eduardo Bolsonaro, deputado e filho do ex-presidente, a situação de Martins é uma evidência da perseguição política que ele e seus aliados enfrentam. Em uma postagem no Twitter, ele classificou Martins como “uma das pessoas mais perseguidas” por Moraes, enfatizando que o ex-assessor ficou seis meses preso em uma situação que alegadamente nunca ocorreu: uma viagem que ele não fez. Eduardo Bolsonaro insinuou que a prisão teve a intenção de forçá-lo a assinar uma delação que conectasse seu pai a acusações infundadas, como o “golpe da Disney”.

Repercussão e Reações entre os Apoiadores

A repercussão do comunicado da CBP foi exacerbada na internet, especialmente no X (anteriormente conhecido como Twitter), onde o ex-assessor de Donald Trump, Jason Miller, também se manifestou. Ele compartilhou o vídeo de Eduardo Bolsonaro, pedindo a prisão de Moraes e descrevendo suas ações como repugnantes, exigindo que o ministro “receba tudo o que merece”. O post de Miller teve grande visibilidade, acumulando mais de um milhão de visualizações e milhares de compartilhamentos e curtidas.

O deputado Marcel van Hattem (Novo) também se pronunciou, afirmando que a entrada de Martins nos EUA foi “fraudada” e levantando questões sobre a identidade dos responsáveis por essa alegação. Ana Paula Henkel, conhecida figura das redes sociais, disse que a declaração da CBP seria apenas o início da revelação de uma “barbárie”, prometendo que a verdade virá à tona à medida que novas informações sejam divulgadas.

Implicações Legais e Contexto da Prisão

Filipe Martins, junto a Marcelo Câmara, é réu no processo relacionado ao que foi chamado de “núcleo dois” da trama golpista que tentou desestabilizar o Estado democrático de direito no Brasil. Eles enfrentam acusações sérias, que incluem tentativa de golpe de Estado e formação de organização criminosa armada. Seus advogados protocolaram alegações finais em um extenso documento de 381 páginas, destacando a ausência de provas concretas contra seus clientes.

A prisão de Martins, que ocorreu sob a acusação de fuga, foi contestada por seus defensores em vários momentos, reiterando que ele não havia viajado aos EUA e que houve uma manipulação das informações, inclusive com a alegação de que um passaporte extraviado em 2020 foi indevidamente utilizado para registrar sua entrada nos Estados Unidos na mesma data em que a comitiva presidencial, da qual ele nunca fez parte, estava presente.

O Que Acontece Agora?

Com a suspensão da decisão que destituiu a defesa de Martins e Câmara por Moraes, a expectativa é que o julgamento avance, mas ainda não há uma data definida. O ministro da Justiça destacou em sua recente nota que a busca pela verdade continua e que algumas pessoas estão ativamente tentando obstruir a investigação, o que acrescenta mais um elemento ao já intrincado cenário político no Brasil.

Com estas reviravoltas, a politização da justiça e as consequências da militância política nas redes sociais se tornam cada vez mais evidentes, revelando um Brasil polarizado e em constante conflito acerca de sua democracia.

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