Na manhã de segunda-feira (13), o ex-presidente Donald Trump chegou a Jerusalém e declarou, em discurso na Knesset, que a guerra em Gaza chegou ao fim após mais de dois anos de conflito. A visita marcou a retomada de negociações de paz, com troca de reféns e avanços na estabilidade regional.
Fim do conflito e troca de reféns em Gaza
Trump anunciou, ao desembarcar, que “a guerra está encerrada”, referindo-se ao conflito entre Israel e o Hamas. Recentemente, foi negociado um novo cessar-fogo, mediado pelos Estados Unidos, no qual sete israelenses foram libertados, e outros 13 foram entregues à Cruz Vermelha. Em contrapartida, mais de 1.700 palestinos presos por Israel estavam previstos para serem libertados, incluindo 250 que seriam transferidos para a Faixa de Gaza, Cisjordânia e outros países na mesma segunda-feira.
Reconhecimento e homenagens em Israel
Ao chegar, Trump foi recebido por Benjamin Netanyahu e Isaac Herzog. Com entusiasmo, Netanyahu comentou: “Este é um dia histórico”, e Trump respondeu: “Talvez seu melhor dia.” Em Jerusalém, uma faixa dizia “Você é o nosso vencedor”, com uma imagem de Trump premiado com uma medalha, simbolizando seu apoio à causa israelense.
Herzog declarou que pretende conceder a Trump a Medalha do Presidente de Israel, destacando sua “firmeza no apoio ao Estado de Israel”, referência às negociações dos Acordos de Abraão e às ações contra o programa nuclear iraniano. “A voz de Trump sempre foi de coragem, liderança e compromisso com a paz”, afirmou o porta-voz do presidente israelense.
Dilemas e possibilidades futuras do cessar-fogo
Apesar do avanço na troca de reféns, a segunda fase do acordo permanece incerta, especialmente quanto à retirada de tropas israelenses de Gaza e a governança da região após o conflito. Israel tem sido mais reticente do que Trump em declarar oficialmente o fim da guerra, diante da resistência do Hamas em desarmar, sob a condição de estabelecer um Estado palestino soberano, o que Israel rejeita.
Discurso na Knesset e simbolismo político
Após o aeroporto, Trump foi ao parlamento israelense, onde discursou diante de lawmakers, sendo o último ex-presidente a falar ali desde George W. Bush, em 2008. O local recebeu uma decoração especial com bonés vermelhos estilo “MAGA”, estampados com “TRUMP THE PEACE PRESIDENT”.
Em seu discurso, Trump afirmou: “Após anos de guerra incessante e perigo constante, hoje o céu está calmo, as sirenes silenciaram, e nasce uma nova esperança na terra sagrada que finalmente desfruta de paz.” O presidente, que participou de reuniões com familiares de reféns, foi elogiado por Netanyahu, Yair Lapid e outros colegas, que afirmaram que ele merecia o Prêmio Nobel da Paz.
Perspectivas de paz e impacto regional
Especialistas avaliam que a declaração de Trump pode impulsionar a estabilização na região, embora as negociações sobre o futuro de Gaza devam continuar delicadas. A retomada das negociações e o fortalecimento da presença americana na área indicam um momento de transformação no Oriente Médio, com possíveis desdobramentos políticos e geopolíticos.
