Brasil, 13 de outubro de 2025
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Comissão do INSS ouve ex-presidente em meio a escândalo de fraudes

A CPMI do INSS vai ouvir Alessandro Stefanutto, ex-presidente do instituto, no contexto de investigações sobre fraudes.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as fraudes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ouvirá nesta segunda-feira (13/10), a partir das 16h, o ex-presidente do instituto, Alessandro Antonio Stefanutto. Este depoimento ocorre em meio a um escândalo que vem recebendo atenção da mídia e da opinião pública, após uma série de reportagens que expuseram irregularidades na gestão da autarquia.

A revelação do escândalo do INSS

O escândalo do INSS foi inicialmente revelado pelo Metrópoles em uma série de reportagens publicadas a partir de dezembro de 2023. De acordo com as investigações, a arrecadação das associações com descontos de mensalidade de aposentados disparou, atingindo a impressionante marca de R$ 2 bilhões em um ano. No entanto, essas associações enfrentam milhares de processos por fraudes nas filiações de segurados, levantando questões sérias sobre a integridade do INSS.

Consequências das investigações

As reportagens do Metrópoles foram fundamentais para a abertura de um inquérito pela Polícia Federal (PF) e também auxiliaram nas apurações da Controladoria-Geral da União (CGU). Ao todo, 38 matérias do portal foram citadas pela PF na representação que deu origem à Operação Sem Desconto, deflagrada em 23 de abril. A operação resultou nas demissões do presidente do INSS e do ministro da Previdência, Carlos Lupi, em um grande abalo ao governo federal.

Stefanutto comparecerá à CPMI na condição de convocado, o que significa que ele é obrigado a comparecer. Contudo, sua participação poderá ser limitada, dependendo da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre seu pedido de habeas corpus, que lhe permitiria não responder a perguntas do colegiado.

Contexto político e administrativo

O ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, é um servidor de carreira que assumiu a presidência do INSS em julho de 2023, no início do governo Lula. Ele foi afastado do cargo em 23 de abril, após se tornar alvo da Operação da Polícia Federal. As investigações apontam que sua gestão foi marcada por suspeitas de desvios de valores por meio de descontos não autorizados pelos beneficiários, algo que prejudicou diretamente a população aposentada.

Além de Stefanutto, o ex-diretor de benefícios e relacionamento com o cidadão do INSS, André Paulo Félix Fidelis, também será ouvido pela CPMI nesta segunda-feira. Fidelis era diretor do setor responsável pelos Acordos de Cooperação Técnica (ACTs), que estão sob suspeita nas investigações. Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificou movimentações financeiras incompatíveis com a renda do ex-presidente do INSS, revelando uma sombra de irregularidades que cercam a autarquia.

Implicações futuras e a opinião pública

As revelações e os desenvolvimentos desta CPMI podem ter profundas implicações para o futuro do INSS e a confiança pública nas instituições governamentais. A população e os aposentados estão preocupados com a possibilidade de que as fraudes possam ter impactos diretos sobre seus direitos e benefícios. A CPI não só busca responsabilizar aqueles envolvidos nas fraudes, mas também implementar reformas necessárias para prevenir futuras irregularidades.

Com o aumento do clamor público por transparência e responsabilidade, a CPMI se torna um espaço crucial para a discussão e avaliação das práticas do INSS. À medida que novas testemunhas forem ouvidas, espera-se que mais informações surjam, e que possam trazer à luz a magnitude real das fraudes e desvios praticados no sistema previdenciário.

O Metrópoles continuará a acompanhar de perto os desdobramentos dessa história, que não só define o futuro da administração do INSS, mas que também ecoa a necessidade de um sistema mais robusto e seguro para a proteção dos direitos dos aposentados.

Como destacado no alerta do Metrópoles, o acompanhamento da CPMI e suas revelações são fundamentais para entendermos o impacto responsável das políticas previdenciárias no Brasil moderno.

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