Brasil, 13 de outubro de 2025
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Setor calçadista de Franca enfrenta dificuldades com tarifas dos EUA

As tarifas impostas pelos Estados Unidos impactam severamente a indústria de calçados em Franca (SP), ameaçando empregos e exportações.

O setor calçadista de Franca, conhecida como a “capital do calçado”, enfrenta um momento crítico devido às tarifas de importação de até 50% impostas pelos Estados Unidos. Em setembro, as dificuldades se tornaram mais evidentes, com uma queda alarmante nas exportações que resultou em demissões e incertezas para muitos empresários da região.

Queda nas exportações e impacto econômico

De acordo com o prefeito de Franca, Alexandre Ferreira (MDB), cerca de 2,5 mil empregos diretos foram afetados, com 10 mil pessoas impactadas indiretamente pelas medidas tarifárias. “Estamos com muita dificuldade com algumas empresas de calçados que tinham 100% das suas exportações voltadas aos Estados Unidos. Este calçado é específico para a forma dos Estados Unidos e não pode ser redirecionado para outros mercados”, explicou o prefeito. Ele enfatizou que as especificidades do produto, como tamanhos e componentes, dificultam a adaptação para outros consumidores internacionais.

Dados do Comex Stat, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, confirmam que setembro registrou uma queda de quase 40% nas exportações de calçados de Franca para os EUA, se comparado ao mesmo mês de 2024. Até então, a cidade tinha vivido um crescimento de 23% nas exportações durante o ano.

Demissões e cancelamentos de pedidos

O empresário local, Julio Jacometi, relatou que sua empresa sofreu um forte impacto, levando ao cancelamento e suspensão de acordos que estavam prestes a serem cumpridos. “A gente estava em uma crescente das exportações para os Estados Unidos, mas, devido ao impacto das tarifas, perdemos totalmente nosso programa de exportação”, disse Jacometi. “Os clientes cancelaram os pedidos, e tivemos que demitir funcionários. A situação está bastante complicada e sem perspectiva de melhora”.

Iniciativas para negociação com os EUA

Em busca de soluções, um grupo de prefeitos brasileiros, liderado por Alexandre Ferreira, viajou para os Estados Unidos no final de setembro para discutir os efeitos das tarifas de exportação. Eles se reuniram com lideranças municipais em Oklahoma City e elaboraram documentos endereçados tanto às autoridades brasileiras quanto norte-americanas. Ferreira relatou que embora os prefeitos dos EUA não concordem com as tarifas, eles respeitam a medida e destacaram a necessidade de um entendimento bilateral para mitigar os prejuízos. “É importante estabelecer um consenso para que possamos superar essa crise”, destacou Ferreira.

Expectativas para o futuro e eventos importantes

Além dessas negociações, outros debates sobre o tema estão programados para ocorrer durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), que ocorrerá entre os dias 11 e 21 de novembro deste ano em Belém (PA). Ferreira enfatiza a importância de aproveitar esses espaços de discussão para buscar formas de aliviar os impactos das tarifas sobre a indústria local.

Com a crise economicamente crítica, o setor calçadista de Franca aguarda ações efetivas que possam reverter a situação, restaurar os empregos perdidos e reestabelecer um fluxo saudável de exportações.

Embora as atuais dificuldades sejam alarmantes, a união de esforços entre os prefeitos e a expectativa de futuras negociações podem trazer alguma esperança para o setor que é vital para a economia local.

Para mais informações sobre a crise enfrentada pelo setor calçadista em Franca, você pode acessar a [notícia completa aqui](https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2025/10/12/tarifaco-capital-do-calcado-franca-ve-exportacoes-despencarem-e-empresarios-fazem-demissoes.ghtml).

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