Papa Leo XIV realizou nesta domingo (12), na Praça de São Pedro, uma missa presidida por cerca de 30 mil fiéis na comemoração do Jubileu das Espiritualidades Marianas, ressaltando o papel da devoção a Maria na promoção da paz e justiça no mundo. A celebração contou com a presença de milhares de peregrinos nas ruas próximas ao Vaticano.
A espiritualidade mariana como força de renovação
Na homilia, o pontífice expressou sua gratidão aos movimentos, confrarias, grupos de oração e santuários dedicados à Virgem Maria por participarem do Ano Santo dedicado à esperança. “A espiritualidade mariana, fundamentada na Sagrada Escritura e na tradição da Igreja, revela a profunda beleza do amor pessoal de Deus por cada um de nós”, afirmou.
Leo XIV destacou que o caminho de Maria acompanha o de Jesus, levando-nos ao encontro dos mais necessitados, especialmente os pobres, feridos e pecadores. “Por isso, a verdadeira espiritualidade mariana faz brilhar a ternura de Deus na Igreja”, comentou.

O Papa reforçou a necessidade de revitalizar a devoção popular à Maria, principalmente em um mundo que busca a paz e a justiça. “Que utilizemos as devoções marianas como força motriz para renovação e transformação”, declarou. “O Jubileu nos convida a um tempo de conversão, reflexão e libertação”, acrescentou.
O papel de Maria na história e na missão da Igreja
Desde sua eleição, Leo XIV tem destacado a relevância do Cântico de Maria na trajetória de 2 mil anos da Igreja. “Algumas formas de culto podem não fomentar a comunhão ou até adormecer os nossos corações… Devemos evitar a exploração da fé que leva a rotular os diferentes – muitas vezes os pobres – como inimigos ou doentes a serem rejeitados”, advertiu.
Segundo o pontífice, através de Maria, a Igreja pode compreender a natureza revolucionária do amor e da ternura, impactando a história e a vida cotidiana de cada pessoa. “Ela nos ensina que humildade e ternura não são virtudes de fracos, mas de quem possui força verdadeira”, enfatizou.

Ao se posicionar diante da imagem de Nossa Senhora de Fátima, trazida de Portugal, o Papa rezou especialmente pelos que sofrem com as “paganizações da guerra”. “Concede-nos o dom da paz, Mãe da Igreja, acolhe-nos sob teu manto e ajuda-nos nas dificuldades da vida”, pediu.
A esperança na oração pela paz mundial
Antes de concluir a missa, Leo XIV passou a liderar a oração do Angelus, pedindo orações pelo povo de Israel, Palestina, Ucrânia e do Peru, além de vítimas de acidentes de trabalho na Itália. Destacou o acordo de paz recente no Oriente Médio, incentivando as partes a persistirem na busca por justiça e convivência pacífica. “Rezemos por um mundo onde o amor e a ternura prevaleçam”, concluiu.