Brasil, 12 de outubro de 2025
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Tarifa de 100% dos EUA sobre a China provoca tensões comerciais

China reage às ameaças de Trump, enquanto mercados financeiros sentem impacto de nova escalada na guerra comercial

O governo chinês considerou uma ameaça de Donald Trump de aplicar uma tarifa adicional de 100% sobre produtos chineses como um exemplo do ‘duplo padrão’ dos Estados Unidos, aumentando a tensão nas relações comerciais entre as duas potências. A ameaça foi feita após os EUA criticarem duramente as restrições da China às exportações de terras raras.

Resposta da China às tarifas americanas

Um porta-voz do Ministério do Comércio da China afirmou que o país pode adotar suas próprias ‘contramedidas’ caso a tarifa seja imposta, embora não tenha especificado quais seriam essas ações. Segundo ele, Pequim não teme uma guerra comercial, apesar de reconhecer os riscos envolvidos.

Na sexta-feira (10/11), Donald Trump acusou a China de se tornar mais hostil após a decisão de Pequim de endurecer regras para exportação de terras raras, materiais essenciais para setores como tecnologia e energia renovável. Em resposta, Trump ameaçou até cancelar uma reunião prevista com o presidente chinês, Xi Jinping, no final deste mês.

Repercussões nos mercados financeiros

As declarações de Trump tiveram forte impacto nos mercados, com o índice S&P 500 fechando em queda de 2,7%, seu maior recuo desde abril. As palavras do presidente reforçaram os temores de uma escalada na guerra comercial entre os EUA e a China, que já enfrenta tensões desde o começo do ano.

Contexto da guerra tarifária e balanço de forças

Desde maio, os dois países chegaram a um acordo parcial para reduzir tarifas de três dígitos sobre alguns produtos, mas o clima de conflito permanece. Atualmente, as tarifas americanas sobre produtos chineses atingem cerca de 30% em média, enquanto os produtos americanos enfrentam tarifas de 10% na China.

As manifestações recentes da China, divulgadas pelo Ministério do Comércio, criticaram as restrições americanas às exportações de chips e semicondutores, defendendo os controles de exportação de terras raras como ações legítimas para a proteção da segurança nacional. Segundo os chineses, EUA exageram a importância da segurança e praticam discriminação contra a China.

Impactos futuros e negociações

Especialistas avaliam que os recentes comentários ajustam as posições de ambos os lados na preparação para futuras negociações comerciais. Ainda não há confirmação se a cúpula entre Trump e Xi na Coreia do Sul, prevista para o fim deste mês, será realizad.

A crise das terras raras, que representam cerca de 90% da produção mundial e são essenciais para painéis solares e smartphones, destaca-se como um ponto central na disputa de poder entre Washington e Pequim, com ações de reforço do controle por parte de Pequim.

Segundo analistas, a escalada das tensões evidencia o risco de uma guerra tarifária mais ampla, que pode afetar não só o comércio bilateral, mas também as cadeias globais de produção e os mercados financeiros internacionais.

Para mais detalhes, acesse a matéria completa no g1.globo.com.

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