Brasil, 12 de outubro de 2025
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Iniciativa do Terço pela paz ecoa no coração ucraniano

O arcebispo Sviatoslav Shevchuk destaca a importância da oração pela paz em meio à guerra na Ucrânia.

Em um momento de profunda reflexão e oração, o arcebispo maior de Kiev-Halyč, Sviatoslav Shevchuk, líder do Sínodo da Igreja Greco-Católica Ucraniana, compartilhou suas reflexões sobre a iniciativa do Terço pela paz, conduzida pelo Papa Leão XIV, no próximo sábado, 11 de outubro. Essa data é emblemática, marcando a abertura do Concílio Vaticano II e a vigília do Jubileu da espiritualidade mariana. Dom Shevchuk ressaltou a importância dessa ação em um país severamente impactado pela guerra.

A paz como um espaço de vida

Segundo o arcebispo, a paz vai além de um simples acordo entre governantes: “Na Ucrânia, a paz não é apenas uma palavra, é o espaço da vida, da harmonia, onde a existência humana pode ser preservada e desenvolvida”. Ele destacou que em meio ao conflito, os ucranianos reza diariamente pela paz, reconhecendo que esta é um dom divino que muitos povos não compreendem em sua plenitude. “Os povos que vivem em tranquilidade consideram a paz como algo garantido, mas não para nós”, lamentou o líder religioso.

Shevchuk também expressou sua esperança de que a oração em unidade com o Papa leve a um clamor ainda mais forte por paz, especialmente em um tempo de incertezas e lutaintermináveis. “Esta iniciativa do Santo Padre teve uma repercussão especial no coração dos ucranianos… nós, que fazemos parte de uma nação que diariamente enfrenta a tragédia da guerra, sabemos a importância de rezar pela paz”, acrescentou.

Nossa Senhora de Fátima como símbolo de esperança

No contexto do Terço pela paz, o arcebispo sublinhou o papel simbólico da imagem original de Nossa Senhora de Fátima, que acompanhará a oração. Ele relembrou que em 1917, durante a Primeira Guerra Mundial, a Virgem Maria apareceu aos pastorinhos e fez um apelo à oração e à conversão. “Ela não procurou os poderosos, mas sim aqueles que eram considerados os mais fracos”, observou Dom Shevchuk. A mensagem de Nossa Senhora é atual, sugerindo que a vitória sobre o mal só é possível através da conversão e não da guerra. “Portanto, rezar pela paz significa rezar pela conversão de quem promove a guerra”, ressaltou.

A força da oração diária e a participação das crianças

Dom Shevchuk compartilhou uma iniciativa da Igreja Greco-Católica, que já há dez anos realiza uma oração diária pela paz. Às 20h, milhares de ucranianos se reúnem para rezar o Terço, que agora será incrementado com a participação especial do Papa. “Existem paróquias onde as portas das igrejas não se fecham; as pessoas se revezam em corrente para perpetuar esta oração”, afirmou ele.

O arcebispo também destacou a importância da oração das crianças e uma iniciativa da escola ucraniana de São Josafá em Toronto, que sugere que, no dia 13 de cada mês, os alunos se reúnam para orar pela paz na Ucrânia. “A força da oração de uma criança é capaz de abrir o coração imaculado da Mãe de Deus”, concluiu, demonstrando gratidão pelas novas gerações que se tornam, de certo modo, ‘mestres da oração’ em sua busca por paz e espiritualidade.

Dom Sviatoslav Shevchuk encerrou sua fala ressaltando que, mesmo em meio ao conflito, a esperança pela paz permanece viva no coração dos ucranianos. A agenda de oração e a participação na vigília do Jubileu são um lembrete poderoso do desejo coletivo de um futuro melhor.

Com essa iniciativa, a Igreja Greco-Católica Ucraniana reafirma seu compromisso de lutar pela paz, enfatizando que é por meio da oração, da união e da conversão que se conquistará um futuro mais harmonioso e humano para todos.

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