Uma nova pesquisa da Quaest mostra que, para 2026, o atual presidente Lula ainda lidera nas intenções de voto, mas a preferência por um candidato fora da política cresce entre os eleitores brasileiros. Um dado inédito indica que a ideia de um outsider para o pleito presidencial animou a população, revelando um cenário político em transformação.
As tendências reveladas pela pesquisa
Quando questionados sobre qual seria o melhor resultado para o Brasil nas próximas eleições, os entrevistados demonstraram uma clara preferência por alternativas além dos políticos tradicionais. A pesquisa revelou que 23% dos eleitores preferem um “candidato de fora da política”, enquanto Lula, embora ainda com a maior porcentagem, conta com 33% de apoio. Na sequência, 15% dos entrevistados apontaram “outro candidato de direita”, e outros 14% se definiram por Bolsonaro.
A força do outsider nas regiões do Brasil
No Sudeste, que concentra 42% do eleitorado brasileiro, a disputa é acirrada: tanto Lula quanto a opção por um outsider compõem 26%. Já na região Sul, há um empate técnico, com 27% para o candidato fora da política e 28% para “um outro candidato da direita”, ambos ligeiramente à frente de Lula, que obteve 23%. Essa tendência se repete entre os jovens, com a faixa etária de 16 a 34 anos mostrando uma disputa equilibrada: Lula (24%) e o outsider (23%) estão quase em igualdade.
Desempenho do candidato fora da política ao longo do tempo
É importante notar que, embora a popularidade de Lula tenha melhorado desde setembro, a preferência por um “candidato fora da política” permanece em patamares elevados desde março deste ano. Isso sugere que a insatisfação com os políticos tradicionais pode ser uma tendência que se consolidará até as eleições. O fenômeno do outsider como um novo protagonista no cenário político, como já ocorreu anteriormente com figuras como Pablo Marçal, não deve ser subestimado.
O que está por trás dessa tendência?
O crescente apoio a candidatos fora do circuito político convencional reflete um desejo por mudanças e inovação na política brasileira. A desilusão com promessas não cumpridas e a busca por novos rumos leva os eleitores a considerar aqueles que, até então, eram vistos como outsiders. É fundamental entender como essa dinâmica pode impactar as eleições e o futuro do país.
Metodologia da pesquisa
A pesquisa da Quaest foi realizada entre quinta-feira e domingo, entrevistando presencialmente 2.004 pessoas em todo o Brasil. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, tornando os resultados representativos e dignos de atenção para o cenário político atual. O aumento do apoio por um outsider indica que, mesmo com um candidato forte como Lula liderando, existe um espaço significativo para a entrada de novas vozes na política nacional.
À medida que nos aproximamos das eleições de 2026, é crucial observar esse fenômeno e as possíveis consequências para os candidatos e partidos políticos. O cenário se mostra dinâmico e repleto de surpresas, indicando que os eleitores estão dispostos a explorar novas opções, além das figuras já conhecidas.
Com a mudança no comportamento do eleitorado, novos candidatos podem surgir como fortes concorrentes, oferecendo propostas que atendem às demandas de uma população cansada dos modelos políticos tradicionais. Essa é uma tendência que deve ser monitorada de perto, visto que pode redefinir o cenário eleitoral nos próximos anos.