Brasil, 12 de outubro de 2025
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Brasil enfrenta desafios fiscais e debate sobre uso de isenções tributárias

Debate sobre aumento de impostos, subsídios e reformas fiscais reflete a luta do país por equilíbrio nas contas públicas

O gasto público brasileiro vem aumentando há décadas, atingindo 34% do PIB, o que exige maior arrecadação e reformas fiscais. Desde 2014, a crise econômica e a pressão social dificultam a manutenção do equilíbrio fiscal, levando à elevação da carga tributária e ao aumento da dívida pública, que já se aproxima de 80% do PIB.

Desafios fiscais e o papel do Congresso

No dia 8 de outubro, o Congresso derrubou a Medida Provisória 1.303, que previa alternativas para aumentar a arrecadação, incluindo modificações no IOF. O presidente Lula criticou as fintechs, alegando que deveriam pagar mais impostos, enquanto o debate sobre a tributação de bancos e grandes setores econômicos persiste. Mais detalhes sobre a extensão da licença-paternidade na Câmara e outros temas também estão em discussão no Legislativo.

Análise das políticas de isenções tributárias

Impacto das isenções em títulos de setor privado

As isenções fiscais concedidas a títulos emitidos por setores agrícola, imobiliário e de infraestrutura representam uma política regressiva, beneficiando os mais ricos e prejudicando a arrecadação do Estado. Esses mecanismos fiscais, além de serem difíceis de monitorar, distorcem a alocação de recursos na economia e aumentam os custos da dívida pública, além de não entrarem no orçamento oficial, o que agrava a situação fiscal.

Subsídios e efeitos sobre a dívida pública

Segundo especialistas, a isenção de tributos nesses ativos pode gerar uma perda de até 50 bilhões de reais por ano em arrecadação. Além disso, a política estimula o aumento das taxas de juros pagas pelo Tesouro, elevando o custo da dívida e pressionando ainda mais as contas públicas. Como exemplifica Arminio Fraga, ex-presidente do Banco Central, “eliminar essas isenções faria o Tesouro captar recursos mais barato e sinalizaria um compromisso com políticas fiscais mais rigorosas”.

Imposto sobre operações financeiras e propostas de reforma

O IOF, imposto que incide sobre operações financeiras, é considerado por Mario Henrique Simonsen um “péssimo imposto”, pois desestimula poupança e investimento ao elevar custos de empréstimos. A polêmica envolvendo o IOF reflete a crise entre o governo e o Congresso, com propostas de reforma tributária que ainda enfrentam resistência.

Perspectivas futuras e necessidade de reformas

O cenário exige uma reflexão profunda sobre o uso de mecanismos fiscais que prejudicam a arrecadação e a estabilidade econômica. A eliminação de subsídios indevidos e uma reforma tributária que atenue privilégios fiscais podem fortalecer as finanças públicas e promover uma distribuição mais justa e eficiente de recursos.

Para mais detalhes, acesse a matéria completa sobre a discussão fiscal no Brasil.

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