As Eleições Gerais de 2026 já estão em fase de planejamento, com foco nos cálculos de eleitores e procedimentos de transparência. Nos próximos 12 meses, a sociedade verá a definição das chapas, aprovações e julgamentos que moldarão o cenário político. A gestão atual da ministra Cármen Lúcia no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) dará lugar a um novo presidente, cuja responsabilidade será assegurar a organização de um pleito com mais de 156 milhões de eleitores.
Transição de liderança no TSE
O atual vice-presidente do TSE, ministro Nunes Marques, será o responsável pelas eleições de 2026. Com um perfil conservador, ele assumirá a presidência em agosto de 2026, após a saída de Cármen Lúcia. No período eleitoral, o ministro André Mendonça será seu vice. Essa alteração na cúpula do TSE ocorre em um contexto onde a polarização política, visível em 2022 entre Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se mantém, mas com uma liderança diferente daquela que fez frente aos desafios do último pleito.
Perfil do novo presidente do TSE
Nunes Marques e André Mendonça foram indicados para o STF por Jair Bolsonaro. A estrutura do TSE é composta por, no mínimo, sete ministros, incluindo os três do STF, dois do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e dois juristas. Cada ministro é eleito para um biênio, podendo ser reconduzido uma vez e, no caso do STJ, por apenas um biênio.
Com um histórico de decisões que se alinham à menor intervenção judicial nos pleitos, Nunes Marques tem sido visto como alguém que pretende evitar que a Justiça Eleitoral seja um “terceiro turno”. Em pronunciamento recente, destacou a evolução da urna eletrônica, a qual considera um patrimônio nacional. “É dever da Justiça Eleitoral sustentar a confiança da população no sistema eleitoral”, afirmou durante o Fórum Nacional VerDemocracia.
Inovações para as eleições de 2026
Nunes Marques abordou a importância do papel do eleitor na democracia, afirmando que cada voto representa uma crença no sistema. Para as eleições de 2026, ele pretende sugerir uma resolução que unifique legislações e regulamentações relevantes aos cidadãos, facilitando o acesso à informação eleitoral. “A proposta terá o objetivo de compilar tudo que for do interesse do eleitor, tornando os dados mais acessíveis”, comentou.
O papel do eleitor na democracia
Nunes Marques destaca que o verdadeiro protagonista da democracia deve ser sempre o eleitor. Ele compara a democracia a um rio em movimento: dinâmica, com a capacidade de superar obstáculos. Em sua visão, o voto dos cidadãos é essencial para que os objetivos da República sejam alcançados. “O eleitor, com sua fé na transformação que pode ocorrer através do voto, é fundamental para o progresso do país”, afirmou.
A trajetória de Nunes Marques
O ministro Kassio Nunes Marques nasceu em Teresina, Piauí, e sua carreira começou como desembargador federal do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Ele foi nomeado para o STF em 2020. O contexto político atual adiciona complexidade ao seu papel, já que o ex-presidente Bolsonaro está inelegível até 2030 por decisões do TSE e o STF, afetando diretamente a dinâmica política nas eleições de 2026.
À medida que as eleições se aproximam, o cenário se torna cada vez mais claro. Com a presidência de Nunes Marques no TSE e novas propostas para facilitar o acesso à informação eleitoral, o próximo pleito promete ser um momento de muita reflexão sobre a direção política do Brasil.