Brasil, 11 de outubro de 2025
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Trump ameaça controlar exportação de peças da Boeing em resposta à China

Estados Unidos podem impor controles de exportação às peças de avião da Boeing, como resposta às limitações chinesas em minerais de terras raras

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira no Salão Oval da Casa Branca que consideram impor controles de exportação sobre peças de avião da Boeing, em retaliação às restrições chinesas relacionadas aos minerais de terras raras. A decisão faz parte de uma escalada nas tensões comerciais entre os dois países.

Controle de exportações e tensão comercial entre EUA e China

Trump declarou que “os Estados Unidos podem controlar a exportação de peças de avião da Boeing”, citando a dependência da China em relação a aviões da fabricante americana. “Eles (a China) possuem muitos aviões Boeing e precisam de peças e componentes desse tipo”, afirmou o mandatario à imprensa na Casa Branca. Essa ameaça surge em meio a uma série de ações retaliatórias no âmbito da disputa comercial bilateral, que inclui tarifas e restrições de acesso a minerais estratégicos.

Medidas de retaliação e o contexto geopolítico

Na quarta-feira, Trump anunciou através da rede social Truth Social a imposição de tarifas de 100% sobre produtos chineses e a adoção de controles de exportação sobre “qualquer e todo software crítico”, como resposta às políticas de Pequim. “Temos muitas coisas, incluindo uma grande coisa que é o avião. As ações da China afetam diretamente setores como a aviação”, explicou Trump, ao ser questionado sobre os itens que poderiam ser alvo de restrições.

Potencial impacto na Boeing e no mercado aéreo

A Boeing, uma das maiores fabricantes de aviões do mundo, está em negociações para vender até 500 aviões para a China, de acordo com a revista Bloomberg. Este seria o maior pedido chinês desde o início do mandato de Trump. Além disso, companhias aéreas chinesas possuem pedidos de pelo menos 222 jatos da Boeing, que atualmente operam 1.855 aviões no país, predominantemente modelos da família 737, segundo dados da Cirium.

Implicações futuras e possibilidade de reunião bilateral

Ao anunciar as medidas, Trump também colocou em dúvida a realização de uma cúpula prevista com o presidente Xi Jinping, na Coreia do Sul, em duas semanas. “Eu tinha planejado me reunir com o presidente Xi na Apec, mas agora parece que não há motivos para isso”, afirmou. No entanto, mais tarde, o presidente afirmou que não havia cancelado oficialmente o encontro, dizendo: “Não sei se ela vai acontecer. De qualquer forma, estarei lá, então suponho que sim”.

Perspectivas e próximos passos

Analistas consideram que essas ações podem intensificar a rivalidade entre os dois países, afetando não apenas a indústria aeronáutica, mas também o mercado global de minerais estratégicos e componentes industriais. A decisão de Trump reforça a postura de Washington de buscar uma postura mais dura frente às políticas chinesas, ampliando uma disputa que já afeta setores econômicos e diplomáticos de ambos os lados. A expectativa é que as próximas semanas tragam atualizações sobre o impacto dessas medidas na balança comercial e nas negociações diplomáticas.

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