Brasil, 11 de outubro de 2025
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A esperança em tempos de guerra: Padre Robert Lisseiko fala sobre desafios na Ucrânia

O Padre Robert Lisseiko discute os desafios enfrentados por religiosos na Ucrânia durante o Jubileu da Vida Consagrada.

Em meio ao Jubileu da Vida Consagrada, o Padre Robert Lisseiko, superior geral da Ordem Basiliana de São Josafá, Compartilha a experiência de seus coirmãos em meio a zoneamento de conflito na Ucrânia. Recentemente, ele destacou a importante missão da ordem ao acolher refugiados e ouvi-los, um ato que não só ajuda os necessitados, mas também traz consolo e fortalecimento à própria fé dos religiosos.

Desafios enfrentados pelos religiosos na Ucrânia

A vida cotidiana em um país em guerra é repleta de inseguranças e tensões. O Padre Lisseiko delineia os principais desafios que os religiosos ucranianos enfrentam, que estão diretamente ligados à situação que a população em geral vivencia. “A falta de segurança e a percepção constante de perigo devido a mísseis e drones são questões que estressam não apenas a população, mas também os nossos religiosos. Este estresse elevado pode, infelizmente, afetar a saúde mental dos frailes”, explica. Contudo, ele observa que a guerra também trouxe à tona valores humanos fundamentais, como a solidariedade. “Nesse tempo de crise, temos visto um forte apoio da Europa e de outros países, que ajudam aqueles que foram forçados a deixar suas casas, assim como aqueles que permanecem na Ucrânia”, agrega.

Acolhendo e ouvindo os refugiados

Nos mosteiros ucranianos, a aceitação de refugiados se tornou uma prática comum. “Estamos acolhendo muitos deles, mas essa nova realidade também mudou a natureza do nosso zelo pastoral”, afirma Lisseiko. As conversas e desabafos de pessoas traumatizadas pela guerra são cruciais, mas também profundamente desafiadoras. Os religiosos precisam estar preparados para ajudar os que necessitam de apoio psicológico e emocional, ouvindo suas histórias de dor e os ajudando a encontrar uma forma de expressar seus medos e ansiedades.

A esperança em meio à desolação

Durante o Jubileu com o tema “esperança”, a reflexão sobre o valor dessa palavra se torna ainda mais essencial. O Padre Lisseiko compreende a esperança como uma força interior vital. “É isso que nos mantém íntegros, mesmo em tempos de grande dificuldade. Sem esperança, nossa fé pode vacilar e nos vemos diante da tentação de desistir”, observa. Ele enfatiza que, mesmo diante da guerra e da desolação, a esperança deve ser cultivada não apenas como um sentimento, mas como um testemunho vivo do que a vida religiosa representa.

A fé em tempos de crise

Um dos aspectos mais difíceis de abordar nesse contexto é a fé. Lisseiko aponta para a complexidade das crenças e expectativas de muitas pessoas. “Durante a guerra, muitos enfrentam crises de fé. Esperar que Deus intervenha diretamente em um momento de grande sofrimento pode levar à frustração. No entanto, essa é uma oportunidade para amadurecer a fé e compreender que Deus age através de nós e dos nossos atos”, reflete.

Para Lisseiko, a verdadeira natureza de Deus vai além da imagem tradicional de um ser que realiza milagres. “Deus defende o povo ucraniano através dos soldados que estão lutando e das inúmeras pessoas de boa vontade que estendem a mão aos necessitados”, afirma. Essa nova visão pode ajudar muitos a reavaliar a maneira como se relacionam com suas crenças.

O papel da vida religiosa

A vida comunitária e a partilha da fé são vitais para proporcionar um ambiente de esperança e suporte mútuo. O Padre Lisseiko destaca que “o testemunho da vida religiosa deve ser um sinal vivo e verdadeiro de que, além das dificuldades cotidianas, sempre há um futuro melhor a se buscar”. Através do cuidado e da solidariedade, os religiosos desempenham um papel crucial na sustentação emocional e espiritual da sociedade ucraniana.

Como parte da luta pela preservação da fé e da esperança em um cenário devastador, a atuação da Ordem Basiliana de São Josafá se revela como um farol em tempos escuros, oferecendo não apenas abrigo, mas também a escuta compassiva que tanto se faz necessária.

Em um mundo onde a guerra costuma abafar a voz da esperança, o exemplo dos religiosos ucranianos é um lembrete poderoso de que a solidariedade, a fé e o amor ao próximo podem prevalecer, ensinando-nos que, mesmo nas adversidades, há sempre espaço para a luz e a redenção.

Para mais informações, acesse a [Fonte](https://www.vaticannews.va/pt/igreja/news/2025-10/religioso-guardiao-esperanca-tempos-guerra-ucrania.html).

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