Estreou na Netflix há uma semana, “Monster: The Ed Gein Story”, primeiro da série de monstros de Ryan Murphy, com Charlie Hunnam no papel do assassino real Ed Gein. Conhecido por exumar cadáveres e criar objetos macabros a partir de ossos, Gein virou símbolo do horror quando seu nome veio à tona em 1957.
O trabalho de interpretação de Charlie Hunnam e a voz de Ed Gein
O ator britânico, nascido em Newcastle, teve que adotar um sotaque bastante distante de sua fala habitual. Em entrevista à Variety, Charlie revelou que recebeu gravações raras do próprio Gein, incluindo uma entrevista de 70 minutos feita na noite de sua prisão.
Segundo o ator, a experiência de ouvir o áudio foi decisiva para moldar seu desempenho: “Comecei a entender suas afetações para agradar à sua mãe. Daí surgiu a voz.” Para assegurar a autenticidade, Charlie pediu ao produtor do documentário “Psycho: The Lost Tapes of Ed Gein” o acesso a essa gravação proibida por lei.
O impacto da voz de Gein na atuação de Charlie Hunnam
A voz de Charlie em “Monster” foi considerada tão perturbadora que virou tendência no TikTok, com pessoas tentando imitá-la. Surpreendentemente, Hunnam revelou que manteve esse tom de voz durante toda a produção, inclusive nos momentos fora das câmeras, em seu dia a dia.
Ele afirmou à Variety que não percebia que sua voz poderia incomodar as pessoas e que não a considerava uma tarefa cansativa, mas sim uma parte do processo de mergulho na personagem. “Estava gostando do que fazia”, explicou.
A repercussão e os efeitos colaterais da interpretação
Por causa da voz constante de Gein, muitos ao redor de Charlie disseram que ele e a equipe do filme deveriam ser compensados financeiramente pelos transtornos causados. A dedicação extrema do ator ao papel trouxe reflexões sobre o preço da imersão no personagem e os efeitos que isso pode causar na saúde mental de quem participa da produção.
Especialistas alertam que a manutenção de uma voz tão perturbadora por longos períodos pode afetar a estabilidade emocional do ator, além de impactar suas relações pessoais. Ainda assim, Charlie afirmou que foi uma experiência enriquecedora, mesmo que intensa.