O presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Antônio Vieira Fernandes, revelou nesta sexta-feira que o banco retomará o financiamento de até 80% do valor dos imóveis residenciais. A mudança ocorre após o limite ter sido reduzido para 70% em novembro de 2024, e será válida para aquisição de imóveis novos e usados na modalidade Sistema de Amortização Constante (SAC).
Novas regras para crédito imobiliário na Caixa
Segundo Fernandes, a alteração no limite de financiamento, além de outras mudanças, irá facilitar o acesso à casa própria, especialmente para a classe média. Enquanto isso, o modelo de financiamento Price continuará limitado a 70% do valor do imóvel, explica a vice-presidente de Habitação da Caixa, Inês Magalhães. “Essa mudança permitirá que mais brasileiros realizem o sonho da casa própria”, afirmou.
Novo modelo de crédito do Sistema Financeiro de Habitação
Nesta sexta, também foi lançado o novo modelo de crédito do Sistema Financeiro de Habitação, que utiliza recursos da poupança e do FGTS para financiar a compra de imóveis. Com essa mudança, o limite para financiamento de imóveis será ampliado de R$ 1,5 milhão para até R$ 2,25 milhões, com uma taxa de juros de 12% ao ano, válida para a classe média.
Segundo o ministro das Cidades, Jader Filho, essa alteração permitirá que a Caixa financie 80 mil unidades a mais por ano e representa um avanço na ampliação do acesso à moradia. “Queremos fortalecer o papel do banco na habitação e oferecer mais condições para quem busca uma casa”, destacou.
Reforço nas políticas de uso dos recursos da poupança
O novo modelo também amplia a utilização dos recursos da poupança destinados ao crédito imobiliário. Atualmente, 65% dos saldos de poupança devem ser utilizados nesta modalidade, enquanto 20% ficam sob depósito compulsório no Banco Central e 15% podem ser usados livremente pelas instituições financeiras. Com as mudanças, a meta é elevar esse percentual para 100%, com um período de transição que seguirá até o final de 2027.
Na prática, as instituições poderão liberar até 15% dos depósitos compulsórios para o financiamento imobiliário de imóveis usados na nova sistemática, o que deve aumentar o volume de crédito destinado à habitação nos próximos anos.
Perspectivas futuras
De acordo com especialistas, as mudanças indicam um esforço do governo e do banco para democratizar o acesso à moradia e fortalecer o setor imobiliário. A expectativa é que, até 2030, a participação do crédito imobiliário na economia brasileira seja ampliada, favorecendo sobretudo a classe média e os trabalhadores de renda intermediária.
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