Brasil, 13 de novembro de 2025
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Lula critica “vira-latas” e fala sobre relação com Trump

Durante evento na Bahia, Lula respondeu a sanções dos EUA e comentou sobre possível encontro com Trump.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez declarações contundentes nesta quinta-feira (9/10) durante um evento em Maragogipe, na Bahia, onde anunciou novos investimentos na indústria naval. Lula criticou aqueles que, segundo ele, desejavam que o Brasil se submetesse ao governo dos Estados Unidos após a imposição de sanções pelo então presidente Donald Trump a produtos e autoridades brasileiras.

A resposta de Lula aos “vira-latas”

Em sua fala, Lula se referiu a uma cultura de submissão e afirmou: “Quando o presidente Trump resolveu gritar com o Brasil, os vira-latas desse país queriam que eu rastejasse atrás do governo americano. E eu aprendi com uma mãe analfabeta: não abaixe a cabeça nunca. Se o pobre abaixar a cabeça, eles colocam uma cangaia e você nunca mais consegue levantar a cabeça”. Essas palavras refletem uma perspectiva de firmeza e resiliência diante de pressões externas.

O presidente enfatizou a importância do respeito próprio, ao destacar que “ninguém respeita quem não se respeita. Se vocês quiserem ser respeitados, antes vocês se respeitem”. Essa frase ressoou com os presentes no evento, demonstrando uma clara posição de defesa da soberania nacional.

Ligação telefônica com Trump

Lula também comentou sobre a ligação telefônica que teve com Donald Trump na última segunda-feira (9/10). Durante a conversa, que durou cerca de 30 minutos, o presidente brasileiro destacou que houve uma “química” entre eles e expressou a intenção de se encontrar pessoalmente em breve. “O presidente Trump, que parecia o inimigo número 1, me telefonou e disse pra mim: ‘Lulinha, pintou uma química entre nós, vamos conversar, vamos discutir’”, relatou Lula.

A menção à “química” na relação entre os dois líderes sugere uma tentativa de reaproximação e possibilidade de diálogo que pode beneficiar ambos os países. Lula aproveitou a oportunidade para pedir a revogação das tarifas sobre exportações brasileiras e a retirada das sanções impostas às autoridades do Brasil.

Ministros designados para negociações

Para facilitar essas tratativas, Lula nomeou o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para intermediar as negociações com o governo americano. Do lado dos EUA, o secretário de Estado, Marco Rubio, foi designado para as discussões.

Na manhã desta quinta-feira, o chanceler brasileiro se reuniu por telefone com Marco Rubio, resultando na definição de uma reunião presencial entre as equipes de ambos os países em Washington, D.C., em uma data que ainda será decidida. Essa aproximação nas relações pode ser vista como uma estratégia para fortalecer os laços comerciais e diplomáticos entre Brasil e Estados Unidos.

Considerações finais

A postura de Lula expõe um claro desejo de não se submeter a pressões externas enquanto busca diálogo e cooperação. Através de seus comentários e ações, o presidente tenta moldar uma nova narrativa nas relações internacionais do Brasil, marcada pela busca de respeito e reconhecimento no cenário global.

Conforme avançam as negociações e as tratativas entre os dois países, o futuro das relações Brasil-EUA pode ser influenciado por essa nova dinâmica estabelecida por Lula, que promete fazer frente ao que considerou uma tentativa de dominação através de sanções.

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