Quando Timothée Chalamet conheceu o jovem diretor Josh Safdie em uma festa em Nova York, em 2017, poucos podiam imaginar a dinâmica criativa que se desenrolaria entre eles. Chalamet, com apenas 22 anos e já reconhecido por sua atuação em Me Chame Pelo Seu Nome, chamou a atenção de Safdie, que percebia uma “aura” singular ao seu redor. O encontro casual se transformou em uma parceria que culminaria no aguardado filme Marty Supreme.
O nascimento de uma colaboração
Desde aquele primeiro encontro, Timothée Chalamet se firmou como uma das maiores estrelas de sua geração, acumulando duas indicações ao Oscar e protagonizando sucessos como a franquia Duna. Enquanto isso, Josh Safdie consolidou sua carreira ao lado de seu irmão Benny, com sucessos críticos como Jóias Brutas, que rendeu a eles o Independent Spirit Award de Melhor Diretor.
Recentemente, os irmãos Safdie seguiram caminhos divergentes, e Marty Supreme marca o primeiro filme solo de Josh. Com um orçamento surpreendente de cerca de 70 milhões de dólares, o projeto se posiciona como a produção mais cara da A24 até o momento, prometendo um épico de época que reflete a identidade artística do diretor.
Marty Supreme e a paixão pelo tênis de mesa
O conceito do filme tem raízes nas experiências pessoais de Safdie. Desde criança, ele se envolveu no mundo do tênis de mesa, uma atividade que faz parte de sua família. Essa paixão o levou a explorar as histórias de imigrantes judeus excêntricos que jogavam na cozinha dos avós. Esta inspiração levou Safdie a querer criar um filme que capturasse essa subcultura fascinante.
A ideia ganhou vida quando a esposa de Safdie, Sara Rossein, comprou um exemplar do livro de memórias de Marty Reisman, um renomado campeão de tênis de mesa dos anos 50. Ao compartilhar a história com Chalamet, ambos perceberam uma conexão instantânea. “Ele parece comigo”, disse Chalamet ao ver a imagem do jogador na capa do livro, iniciando assim um projeto que exigiria comprometimento e transformação pessoal.
O treinamento rigoroso de Chalamet
Para se preparar para o papel de um aspirante a campeão de tênis de mesa, Timothée Chalamet mergulhou em um treinamento intenso. Em 2018, ele começou a ter aulas e, com a chegada da pandemia, transformou sua sala de estar em um espaço dedicado ao esporte. Isso culminou em uma fase de treinos que incluiu sessões com Safdie, que, em um acidente durante um jogo, acabou se machucando no apartamento do ator.
O comprometimento de Chalamet foi notável. Mesmo enquanto trabalhava em outros projetos, ele encontrou maneiras de treinar. Em diversas locações, de Londres a Abu Dhabi, ele assegurou espaços para praticar suas habilidades de tênis de mesa, estabelecendo uma rotina que exigia disciplina e dedicação.
A expectativa para o lançamento
Agora, com Marty Supreme prestes a ser lançado, há uma expectativa palpável. O filme não só representa a culminação do trabalho colaborativo entre Chalamet e Safdie, mas também aponta para uma nova trajetória na carreira do diretor, que assume o desafio de criar uma narrativa singular, rica em detalhes e experiências humanas.
A mistura de drama, esporte e a peculiaridade do universo do tênis de mesa promete fazer de Marty Supreme um filme notável e uma experiência cinematográfica única para o público. Para os fãs de Timothée Chalamet e os admiradores do trabalho dos irmãos Safdie, este filme representa não apenas um novo capítulo, mas uma celebração de arte e paixão pelo cinema.