Brasil, 10 de outubro de 2025
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Política fiscal e crescimento: secretá​rio da Fazenda aponta desafios para o Brasil

Guilherme Mello alerta que ajuste fiscal é inviável com crescimento de apenas 1%, defendendo uma trajetória mais estável para o país

O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, afirmou nesta quinta-feira (9) que políticas de ajuste fiscal em um país que cresce apenas 1% ao ano estão fadadas ao fracasso. A declaração foi feita durante evento organizado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), em São Paulo.

Desafios do ajuste fiscal em uma economia de baixo crescimento

Segundo Mello, qualquer tentativa de ajuste fiscal que considere um crescimento médio de 1% ao ano é inviável, pois a receita pública não responde de forma suficiente. “Você não tem como estabilizar, do ponto de vista fiscal, um país que não cresce”, afirmou. O secretário destacou que o Brasil precisa buscar uma trajetória de crescimento mais estável, evitando avanços e recuos bruscos na economia.

Na sua avaliação, o crescimento atual de 3,4% em 2024 e a previsão de cerca de 2,4% para este ano ainda representam dificuldades na manutenção de uma política fiscal sustentável. “A gente não pode achar que o Brasil está condenado a crescer 1,5% ao ano, porque isso não constrói uma nação”, complementou.

Recuperação do crédito habitacional e novas fontes de financiamento

Mello destacou também a recuperação do crédito habitacional, que atualmente já corresponde a 10% do PIB. Ele afirmou que há espaço para dobrar essa fatia em até dez anos, o que demandará uma mudança no modelo de financiamento da habitação, que, atualmente, depende muito da poupança.

Outro aspecto destacado foi a expectativa de queda nas taxas de juros, prevista para ocorrer em breve, possivelmente ainda neste ano ou no início de 2025. “Se não no final deste ano, no começo do próximo, esperamos que as taxas de juros diminuam”, disse. Para isso, o governo deve anunciar nesta sexta-feira mudanças no modelo de crédito imobiliário e lançar um novo programa voltado à reforma de imóveis.

Perspectivas para o financiamento e crescimento econômico sustentável

Guilherme Mello reforçou a necessidade de o Brasil repensar as formas de financiar a habitação e buscar novas fontes de recursos. “É preciso que o país restructure seu modelo de financiamento e introduza novas alternativas para estimular o setor”, afirmou.

Com essas medidas, espera-se avançar na geração de empregos, estimular o crescimento econômico e promover uma maior estabilidade fiscal. O governo pretende consolidar essas mudanças na política de crédito imobiliário nos próximos meses, indicando uma fase de transição para uma economia com crescimento mais robusto e sustentável.

Mais detalhes sobre as mudanças no modelo de crédito imobiliário e o novo programa de reforma de imóveis podem ser acessados no fonte original.

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