Brasil, 9 de outubro de 2025
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Inflação oficial sobe 0,48% em setembro, influenciada pelo aumento na conta de luz

Com alta da conta de luz e forte impacto do grupo habitação, IPCA registra aumento mensal e fica acima da meta do governo

A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 0,48% em setembro, revertendo a queda de 0,11% registrada em agosto. Os dados, divulgados nesta quinta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que a variação acumulada em 12 meses atingiu 5,17%, acima da meta do governo, que é de 4,5%.

Alta na habitação impulsiona inflação de setembro

O grupo habitação foi o que mais pressionou os preços em setembro, registrando alta de 2,97%, o que impactou em 0,45 p.p. (pontos percentuais) o IPCA do mês. Dentro dessa categoria, a elevada da energia elétrica residencial teve destaque: após uma queda de 4,21% em agosto, subiu 10,31% em setembro, contribuindo com um impacto de 0,41 p.p. na inflação.

A alta na conta de luz é atribuída à “devolução” do Bônus Itaipu, um desconto concedido na fatura de agosto que beneficiou aproximadamente 80,8 milhões de consumidores. Sem esse benefício, a conta de energia em setembro ficou mais alta em relação ao mês anterior. Outros fatores que pressionaram o custo da energia foram a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 2, que adicionou R$ 7,87 a cada 100 KWh consumidos, para custear usinas termelétricas devido à baixa nos reservatórios das hidrelétricas. Como a energia produzida pelas termelétricas é mais cara, ela reforçou o aumento na conta de luz.

Quarto mês de queda nos preços dos alimentos

Apesar do aumento do IPCA em setembro, o grupo alimentos e bebidas apresentou recuo de 0,26%, formando o quarto mês consecutivo de queda nos preços. Entre os itens que mais caíram estão tomate (-11,52%), cebola (-10,16%), alho (-8,70%), batata-inglesa (-8,55%) e arroz (-2,14%).

Detalhes do índice e abrangência

O IPCA mede o custo de vida para famílias com renda entre um e 40 salários mínimos. A coleta de preços é feita em dez regiões metropolitanas — Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre — além de Brasília e das capitais Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.

Este indicador é fundamental para acompanhar a inflação no país, influenciando as políticas econômicas e o planejamento financeiro das famílias.

Para mais detalhes, acesse a fonte original.

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